T3 - TRIIODOTIRONINA
TRIIODOTIRONINA
CBHPM 4.07.12.55-9
AMB 28.05.073-8
Sinonímia:
Liotironina. Triiodotironina.
Nomes comerciais: Cynomel®, Tyroplus®.
Fisiologia:
O-[4-hidroxi-3'-iodofenil]-3,5-diiodo-d-tirosina
Fórmula molecular = C15H12I3NO4
Massa molecular = 650,976 g/mol
Meia-vida (t½) biológica = 24 horas
O aminoácido L-Tirosina pode receber um átomo de
Iodo na posição 3 e um segundo na posição 5,
formando respectivamente a Monoiodo-L-Tirosina ou
a Diiodo-L-Tirosina. Nas células tireóideas, a ligação
dessas duas moléculas forma a 3,5,3'-
Triiodotironina, também chamada simplesmente de
T3. A sua secreção é estimulada pelo TSH e o nível
sangüíneo de T3, por mecanismo de retroalimentação
negativa, inibe a secreção de TSH na hipófise.
20 % do T3 circulante provém diretamente da
secreção das células tireóideas e os outros 80 % da
desiodação hepática, renal ou muscular do T4 pela
enzima 5'-monodesiodase.
Obs.: uma 5-monodesiodase também pode agir sobre
o T4 e produzir o T3Reverso (T3R), 10 a 100 vezes
menos ativo que o T3. A produção do T3R é
favorecida pelo jejum, doenças agudas ou crônicas,
antitireoidianos de síntese como o propiltiouracil e
pela amiodarona.
O T3 circula no sangue 65 % ligado à TBG
(Thyroxine Binding Globulin), 1 % à TBPA (Thyroxin
Binding PreAlbumin), 25 a 30 % à Albumina e a
fração livre (T3L ou FT3) representa 0,3 % do T3
total.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
T4, T4L, TG, TSH
Valor Normal:
Até 5 anos
6 a 10 anos
11 a 20 anos
20 a 50 anos
Acima de 50 anos
0,92 a 4,14 nmol/l ou 0,60 a 2,70 ng/ml
0,92 a 3,71 nmol/l ou 0,60 a 2,42 ng/ml
0,92 a 3,28 nmol/l ou 0,60 a 2,14 ng/ml
1,08 a 3,07 nmol/l ou 0,70 a 2,00 ng/ml
0,61 a 2,76 nmol/l ou 0,40 a 1,80 ng/ml
* Para obter valores em ng/dl, multiplicar os nmol/l por 65,0976 ** Para obter valores em ng/ml, multiplicar os nmol/l por 0,651
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Suspender durante ao menos 3 dias o uso de ácido
3,5,3'-triiodoacético, também chamado ácido 4-[4-hidroxi-3'-iodofenoxi]-3,5-diiodofenilacético ou T3A.
Nomes comerciais: Redulip®, Triac®, Trimag®. Idem
medicamentos contendo tireoidina: Esbelt®,
Normagrin®, Obesidex®, Obesifran®.
Interferentes:
Medicamentos: Cynomel® e Tyroplus® ou sua
supressão. Propiltiouracil. Metiltiouracil. Metimazol
(Tapazol®). Amiodarona.
Método:
Quimioluminescência.
Interpretação:
AUMENTO: hipertireoidismo, tireotoxicose por T3,
hiper-TBG, tireotoxicose factícia (iatrogênica) porT3
ou T4, tireotoxicose + doença sistêmica, gravidez,
contraceptivos orais, drogas: estrógenos.
Quando aumentado sozinho, pode ser devido a
hipertireoidismo T3 puro ou adenoma de T3. Em
crianças até 5 anos de idade, o T3 pode ultrapassar
até 30 % o valor normal máximo e de 5 a 10 anos,
até 15 %.
DIMINUIÇÃO: fase tardia do hipotireoidismo
primário, hipotireoidismo secundário, hipo-TBG,
desnutrição, jejum prolongado, doenças crônicas
graves, anorexia, drogas: amiodarona, andrógenos,
propranolol, glicocorticóides, hidantoinatos, iodo,
salicilatos.
PREVISÃO DA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE T3
IATROGÊNICO APÓS SUA SUSPENSÃO:
T3atual = T3ant X e (-0,0289xh)
onde: T3atual = dosagem mínima atual (mais recente) após suspensão do T3 em ng/ml T3ant = dosagem anterior do T3 em ng/ml e = número "e", base dos logaritmos naturais h = número de horas decorridas entre a coleta de sangue das duas dosagens
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.medscape.com/viewarticle/524956_1
T3 LIVRE
T3 L
CBHPM 4.07.12.46-0
AMB 28.05.082-7/92
Sinonímia:
T3L. Triiodotironina livre.
Fisiologia:
O-[4-hidroxi-3-iodofenil]-3,5-diiodo-d-tirosina.
Fórmula molecular = C15H12I3NO4
Massa molecular = 650,976 g/mol
O T3L representa aproximadamente 5 % dos
hormônios tireóideos do plasma.
O aminoácido L-Tirosina pode receber um átomo de
Iodo na posição 3 e um segundo na posição 5,
formando respectivamente a Monoiodo-L-Tirosina e a
Diiodo-L-Tirosina. Sob ação indutora do TSH, a
ligação dessas duas moléculas forma a 3,5,3'-
Triiodotironina, também chamada simplesmente de
T3.
Material Biológico:
Soro. Plasma com EDTA não serve.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Centrifugar o soro apenas após início da retração do
coágulo para prevenir a presença de fibrina. Se o(a)
paciente estiver em terapia anticoagulante, deixar
retrair o coágulo por mais tempo.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 e +8ºC para até 48
horas em tubos de vidro ou de polipropileno.
Para conservação até 2 meses, congelar a -20ºC
Evitar descongelamentos repetidos.
Exames Afins:
T3, T4, T4L, TSH.
Valor Normal:
1,7 a 3,9 pg/ml ou 0,17 a 0,39 ng/dl * Para obter valores em ng/dl, multiplicar os pg/ml
por 0,1 ** Para obter valores em pmol/l, multiplicar os pg/ml
por 1,5361
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Suspender durante ao menos 3 dias o uso de ácido
3,5,3'-triiodoacético, também chamado ácido 4-[4-hidroxi-3'-iodofenoxi]-3,5-diiodofenilacético ou T3A.
Nomes comerciais: Redulip®, Triac®, Trimag®. Idem medicamentos
contendo tireoidina: Esbelt®, Normagrin®,
Obesidex®, Obesifran®.
Interferentes:
Hemólise, lipemia e fibrina. Descongelamentos
repetidos.
Método:
Imuno-ensaio competitivo. Quimioluminescência.
Substrato: adamantildioxetanofosfato.
Interpretação:
Diagnóstico da função tireoidiana. Auxilia no
monitoramento do hipertireoidismo e do
hipotireoidismo, juntamente com outros hormônios
tireoidianos.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.medscape.com/viewarticle/524956_1
T3 REVERSO
T3 R
CBHPM 4.07.12.48-6
AMB 28.05.078-9
Sinonímia:
RT3. rT3. Triiodotironina. Isômero do T3
hormonalmente inativo.
Cuidado com a sigla T3Rpara não confundir com T3
RETENÇÃO (T3 UPTAKE). Consultar o médico!
Fisiologia:
O-[4-hidroxi-3-iodofenil]-3',5'-diiodo-d-tirosina
Fórmula molecular = C15H12I3NO4
Massa molecular = 650,976 g/mol
O aminoácido L-Tirosina pode receber um átomo de
Iodo na posição 3 e um segundo na posição 5,
formando respectivamente a Monoiodo-L-Tirosina ou
a Diiodo-L-Tirosina. Sob ação indutora do TSH, a
ligação dessas duas moléculas forma a 3,5,3'-
Triiodotironina, também chamada simplesmente de
T3.
Já o T3 reverso é produzido a partir da desiodação
do T4 na posição 5, correspondendo à 3,3',5'-
Triiodotironina. Esse metabólito, pouco ativo, é
produzido 97 % nos tecidos periféricos e 3 % na
tireóide. 40 % do T4 sofre fisiologicamente a ação da
5-monodesiodase.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
T3, T3L, T4, T4L, TSH.
Valor Normal:
9,0 a 35,0 ng/dl
* Para obter valores em nmol/l, multiplicar os ng/dl
por 0,015361
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Não administrar radioisótopos in vivoao paciente nas
24 horas precedentes à coleta.
Suspender durante ao menos 3 dias o uso de ácido
3,5,3'-triiodoacético, também chamado ácido 4-[4-hidroxi-3'-iodofenoxi]-3,5-diiodofenilacético ou T3A.
Nomes comerciais: Redulip®, Triac®, Trimag®. Idem
medicamentos contendo tireoidina: Esbelt®,
Normagrin®, Obesidex®, Obesifran®.
Interferentes:
Hemólise, lipemia, icterícia.
Presença de radioisótopos circulantes.
Drogas: amiodarona, cimetidina, inibidores da
conversão de T4 a T3, prednisona, propranolol.
Método:
Radioimunoensaio com 125I.
Interpretação:
AUMENTO: hipertireoidismo, alterações da TBG,
tireotoxicose factícia por T4, doença sistêmica grave
com T3 e T4 diminuídos, senilidade com TSH e T3
baixos e T4 normal, tratamento com amiodarona
(favorece a ação da 5-monodesiodase em detrimento
da 5'-monodesiodase), estrógenos, glicocorticóides,
em sangue fetal, em líquido amniótico.
DIMINUIÇÃO: fase tardia do hipotireoidismo
primário, hipotireoidismo secundário, tireotoxicose
factícia por T3, estresse, hemoconcentração,
insuficiência renal, jejum prolongado, drogas:
andrógenos, iodo, salicilatos.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.medscape.com/viewarticle/524956_1
T3 UPTAKE
T3 RETENÇÃO
CBHPM 4.07.12.47-8
AMB 28.05.087-8/92
Sinonímia:
Retenção de Triiodotironina. T3 retenção. T3R. T3U.
TUp. Uptake de T3. Retenção de T3 em resina.
Captação de T3. T3-teste. Teste de Hamolsky. RLHT.
Cuidado com a sigla T3Rpara não confundir com T3
REVERSO. Na dúvida, consultar o médico!
O-[4-hidroxi-3-iodofenil]-3,5-diiodo-d-tirosina
Fisiologia:
Fórmula molecular = C15H12I3NO4 Massa molecular = 650,976 g/mol
O aminoácido L-Tirosina pode receber um átomo de
Iodo na posição 3 e um segundo na posição 5,
formando respectivamente a Monoiodo-L-Tirosina e a
Diiodo-L-Tirosina. Sob ação indutora do TSH, a
ligação dessas duas moléculas forma a 3,5,3'-
Triiodotironina, também chamada simplesmente de
T3.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
T3L, T3, T4, T4L, TSH, ITL.
Valor Normal:
Eutireoidismo: 25 a 37 %
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Suspender durante ao menos 3 dias o uso de ácido
3,5,3'-triiodoacético, também chamado ácido 4-[4-
hidroxi-3'-iodofenoxi]-3,5-diiodofenilacético ou T3A.
Nomes comerciais: Redulip®, Triac®, Trimag®. Idem
medicamentos
contendo tireoidina: Esbelt®, Normagrin®,
Obesidex®, Obesifran®.
Interferentes:
Várias drogas e patologias não-tireoidianas.
Método:
IFMA.
Interpretação:
Auxilia, juntamente com outros hormônios
tireoidianos, no diagnóstico de hipo e
hipertireoidismo. Algumas drogas como salicilatos,
fenitoína, fenilbutazona, fenilbarbitúricos, clofibrato,
furosemida etc. podem causar alteração do T3
Uptake, bem como a S. nefrótica, má nutrição e
acromegalia. O uso de anticoncepcionais orais causa
o aumento da síntese de tireoglobulina e a simulação
de hipotireoidismo. Hepatopatias causam o contrário:
baixa síntese de tireoglobulina e simulação de
hipertireoidismo.
O T3R ou T3U é um teste de função tireoidiana que
indica, inversamente, o número de sítios de ligação
desocupados nas moléculas de tireoglobulina.
Modernamente prefere-se a dosagem do T4 livre.
AUMENTO: hipertireoidismo, hipotireoidismo com
hipo-TBG, hipoproteinemia, tireotoxicose factícia
(iatrogênica) por T3 ou T4, doença sistêmica,
tireotoxicose + doença sistêmica, estresse,
hepatopatias agudas, drogas: andrógenos.
DIMINUIÇÃO: fase tardia do hipotireoidismo
primário, hipotireoidismo secundário, hipertieoidismo
com hiper-TBG, hiperproteinemia, gravidez, porfiria
intermitente aguda, drogas: estrógenos.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.medscape.com/viewarticle/524956_1
T4 - TIROXINA
TIROXINA
CBHPM 4.07.12.54-0
AMB 28.05.071-1
Sinonímia:
Tetraiodotironina. L-Tiroxina. Levotiroxina.
Liotiroxina. L-tetraiodotironina.
Medicamentos: Euthyrox®. Puran T-4®. Synthroid®.
Tetroid®. Tyroplus®.
Fisiologia:
3,5,3',5'- Tetraiodotironina.
Fórmula molecular = C15H11I4NO4
Massa molecular = 776,872 g/mol
Meia-vida (t½) biológica = 7 dias
O aminoácido L-Tirosina pode receber um átomo de
Iodo na posição 3 e um segundo na posição 5,
formando respectivamente a Monoiodo-L-Tirosina ou
a Diiodo-L-Tirosina. Sob ação indutora do TSH, duas
moléculas de Diiodo-L-Tirosina formam a 3,5,3',5'-
Tetraiodotironina, chamada de L-Tiroxina ou
simplesmente T4.
O T4 circula no sangue 70 % ligado à TBG
(Thyroxine Binding Globulin), 20 % à TBPA (Thyroxin
Binding PreAlbumin), 10 % à Albumina e a fração
livre (T4L ou FT4) representa 0,03 % do T4 total
sendo a parte biologicamente ativa.
Obs.: não confundir os seguintes termos:
TIROSINA = aminoácido;
TIRAMINA = amina formada por
descarboxilação da tirosina;
TIRONINA = ligação de duas tirosinas com
liberação de uma alanina;
TIROXINA = tironina com 4 átomos de iodo =
3,5,3',5'-tetraiodotironina;
TIAMINA = Vitamina B1.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
T3, T4L, TSH, TG.
Valor Normal:
acima de 12 anos
até 1 semana
2 a 4 semanas
1 a 11 meses
1 a 5 anos
6 a 12 anos
5,1 a 14,1 µg/dl
9,2 a 20,8 µg/dl
8,2 a 16,6 µg/dl
7,2 a 15,6 µg/dl
6,8 a 15,0 µg/dl
6,0 a 13,3 µg/dl
* Para obter valores em µg/l, multiplicar os µg/dl por 10 ** Para obter valores em nmol/l, multiplicar os µg/dl por 12,8721 *** µg/l = ng/ml
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Suspender durante ao menos 3 dias o uso de ácido
3,5,3'-triiodoacético, também chamado ácido 4-[4-
hidroxi-3'-iodofenoxi]-3,5-diiodofenilacético ou T3A.
Nomes comerciais: Redulip®, Triac®, Trimag®. Idem
medicamentos
contendo tireoidina: Esbelt®, Normagrin®,
Obesidex®, Obesifran®.
Interferentes:
Medicamentos: Euthyrox®, Puran T-4®, Synthroid®,
Tetroid®, Tyroplus® ou sua supressão.
Propiltiouracil. Metiltiouracil. Metimazol (Tapazol®).
Método:
Quimioluminescência.
Interpretação:
AUMENTO: hipertireoidismo, hiper-TBG,
tireotoxicose factícia (iatrogênica) por T4,
tireotoxicose + doença sistêmica, sobrecargas de
iodo, gravidez, obesidade, contraconceptivos orais.
Drogas: amiodarona, estrógenos, propranolol, certos
contrastes radiológicos, rifampicina, terbutalina, ácido
valpróico, heparina.
DIMINUIÇÃO: hipotireoidismo, fase intermediária e
tardia do hipotireoidismo primário, hipotireoidismo secundário, hipo-TBG, tireotoxicose por T3, carência
de iodo, desnutrição grave, S. nefrótica, insuficiência
hepática, doença sistêmica grave, déficit congênito
ou iatrogênico de TBG (andrógenos, glicocorticóides,
acromegalia, hipoproteinemia), catabolismo
aumentado por indução enzimática (barbitúricos),
deslocamento da T4 de suas proteínas
transportadoras (salicilatos, antiinflamatórios não-
esteróides, fenitoína), Drogas: propranolol,
cimetidina, fenobarbital, propiltiouracil.
PREVISÃO DA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE T4 IATROGÊNICO APÓS SUA SUSPENSÃO:
T4atual = T4ant × e(-0,00413×h)
onde T4atual = dosagem mínima atual (mais recente) após suspensão do T4 em µg/dl T4ant = dosagem anterior do T4 em µg/dl e = número "e", base dos logaritmos naturais h = número de horas decorridas entre a coleta de sangue das duas dosagens
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.medscape.com/viewarticle/524956_1
T4 LIVRE
T4 L
CBHPM 4.07.12.49-4
AMB 28.05.072-0
Sinonímia:
T4L. Índice de Tiroxina Livre, ITL, Free T4. FrT4.
L-tiroxina livre.
Fisiologia:
3,5,3',5'-tetraiodo-L-tironina.
3,5,3',5'- Tetraiodotironina.
Fórmula molecular = C15H11I4NO4
Massa molecular = 776,872 g/mol
O aminoácido L-Tirosina pode receber um átomo de
Iodo na posição 3 e um segundo na posição 5,
formando respectivamente a Monoiodo-L-Tirosina e a
Diiodo-L-Tirosina. Sob ação indutora do TSH, duas
moléculas de Diiodo-L-Tirosina formam a 3,5,3',5'-
Tetraiodotironina, chamada de L-Tiroxina ou
simplesmente T4.
99,97 % do T4 estão ligados à TBG, à pré-albumina e
à albumina sendo que apenas 0,03 % é livre ou não-
conjugada.
Obs.: não confundir os seguintes termos:
TIROSINA = aminoácido;
TIRAMINA = amina formada por
descarboxilação da tirosina;
TIRONINA = ligação de duas tirosinas com
liberação de uma alanina;
TIROXINA = tironina com 4 átomos de iodo =
3,5,3',5'-tetraiodotironina;
TIAMINA = Vitamina B1.
Material Biológico:
Soro ou plasma com EDTA ou heparinizado.
Coleta:
1,0 ml de soro ou de plasma com EDTA ou heparinizado.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 2 dias.
Congelar a -20ºC para períodos maiores.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Evitar descongelamentos repetidos.
Exames Afins:
T3, T4, TSH.
Valor Normal:
Hipotireoidismo
Eutireoidismo
Hipertireoidismo
inferior a 0,75 ng/dl
0,75 a 1,70 ng/dl
superior a 1,70 ng/dl
* Para obter valores em pmol/l, multiplicar os ng/dl por 12,8717
Obs.: os valores são mais baixos em mulheres do que
em homens e podem variar ± 15 % numa mesma
pessoa no mesmo dia. Além disso, ocorrem variações
sazonais
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Suspender durante ao menos 3 dias o uso de ácido
3,5,3'-triiodoacético, também chamado ácido 4-[4-hidroxi-3'-iodofenoxi]-3,5-diiodofenilacético, tiratricol
ou T3A. Nomes comerciais: Redulip®, Triac®,
Trimag®. Idem medicamentos contendo tireoidina:
Esbelt®, Normagrin®, Obesidex®, Obesifran®.
Interferentes:
Lipemia. Descongelamentos repetidos.
Medicamentos: Euthyrox®, Puran T-4®, Synthroid®,
Tetroid®, Tyroplus® ou sua supressão.
Propiltiouracil. Metiltiouracil. Metimazol (Tapazol®).
Método:
Quimioluminescência.
Interpretação:
Teste sensível para avaliação da tireóide. Não sofre
influência dos níveis de TBG, entretanto pode ocorrer
absorção inespecífica do T4L a proteínas ou
reagentes, causando resultados falsamente baixos.
AUMENTO: Hipertireoidismo, tireotoxicose factícia
(iatrogênica) por T4, tireotoxicose + doença
sistêmica, 1º trimestre de gravidez, jejum
prolongado, anticoncepcionais, ácido valpróico,
amiodarona, heparina, propranolol, levotiroxina,
contrastes radiológicos.
DIMINUIÇÃO: Hipotireoidismo, fase intermediária e
tardia do hipotireoidismo primário, hipotireoidismo
secundário, tireotoxicose factícia (iatrogênica) por T3,
hemodiálise, doença grave não tireoidiana, lítio,
trimetoprim, sulfametoxazol, nitroprussiatos,
salicilatos, fenitoína, carbamazepina, ácido valpróico,
rifampicina.
Modernamente o T4L substituiu com vantagens o
Índice de Tiroxina Livre (ITL) que é calculado com a
fórmula:
onde: T3U = T3 Uptake em % T4 = T4 em µg/dl Normal : 1,13 a 4,81 Hipertireoidismo : superior a 4,81 Hipotireoidismo : inferior a 1,13
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.medscape.com/viewarticle/524956_1
T4 NEONATAL
T4 NEO
CBHPM 4.07.12.54-0
AMB 28.05.071-1
Sinonímia:
Tiroxina neonatal. Tetraiodotironina neonatal.
Fisiologia:
3,5,3',5'- tetraiodo-L-tironina.
3,5,3',5'- Tetraiodotironina.
Fórmula molecular = C15H11I4NO4
Massa molecular = 776,872 g/mol
O aminoácido L-Tirosina pode receber um átomo de
Iodo na posição 3 e um segundo na posição 5,
formando respectivamente a Monoiodo-L-Tirosina e a
Diiodo-L-Tirosina. Sob ação indutora do TSH, duas
moléculas de Diiodo-L-Tirosina formam a 3,5,3',5'-
Tetraiodotironina, chamada de L-Tiroxina ou
simplesmente T4.
Obs.: não confundir os seguintes termos:
TIROSINA = aminoácido;
TIRAMINA = amina formada por
descarboxilação da tirosina;
TIRONINA = ligação de duas tirosinas com
liberação de uma alanina;
TIROXINA = tironina com 4 átomos de iodo =
3,5,3',5'-tetraiodotironina;
TIAMINA = Vitamina B1.
Material Biológico:
Soro ou papel de filtro (teste do pezinho).
Coleta:
1,0 ml de soro ou gotas de sangue total em papel de
filtro. Não sobrepor as gotas de sangue uma em cima
da outra, mas sim, uma ao lado da outra. Coletar as
amostras com mais de 2 a 6 dias de vida.
Armazenamento:
Soro: refrigerar entre +2 a +8ºC
Papel de filtro: até 72 horas, à temperatura
ambiente.
Para prazos maiores, até 60 dias, congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
TSH Neonatal.
Valor Normal:
Papel de filtro
Hipotireoidismo
“Borderline”
Normal
até 2,47 µg/dl
2,48 a 4,85 µg/dl
acima de 4,85 µg/dl
Obs.: resultados entre 2,48 e 4,85 µg/dl devem ser retestados.
Para obter a dosagem equivalente em soro a partir
da dosagem em papel de filtro para qualquer
hematócrito, aplicar a equação:
onde: T4s = T4 sérico em µg/dl T4p = T4 papel em µg/dl Htc = Hematócrito (do dia da coleta do teste do pezinho)
Soro
Para um hematócrito de 50 %, a faixa de normalidade no soro é:
Hipotireoidismo
“Borderline”
Normal
até 4,70 µg/dl
4,71 a 9,24 µg/dl
acima de 9,24 µg/dl
Preparo do Paciente:
Jejum não necessário. Após assepsia local com álcool
70ºGL, secar e proceder à punção do calcanhar com
lanceta estéril, não penetrando mais de 2 mm.
Limpar a primeira gota com algodão seco e depois
coletar as demais gotas diretamente no papel de
filtro, preenchendo totalmente os círculos. Deixar
secar a amostra de pé, ao ar livre, durante ao menos
3 horas, à temperatura ambiente e ao abrigo da luz.
Obs.: no caso de uma veia ter sido puncionada, gotas
de sangue podem ser aplicadas diretamente da
seringa no papel de filtro, não havendo necessidade
de puncionar o calcanhar.
Interferentes:
Sangue coletado com EDTA não é aceitável.
Círculos não preenchidos uniformemente com
sangue.
Método:
Fluorimetria com 152Eu.
Interpretação:
Endocrinopatia causada por deficiência de tiroxina
(T4) e de triiodotironina (T3) com freqüência de 1
caso para cada 4.000 nascimentos.
CAUSAS e QUADRO CLÍNICO: Ver em TSH Neonatal.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.medscape.com/viewarticle/524956_1
TACROLIMUS
FK506
CBHPM 4.03.02.45-8
AMB 28.01.035.3
Sinonímia:
FK506. Hidrato de tacrolimus. Monoidrato de
tacrolimus.
Nomes comerciais: Prograf®, Protopic®.
Fisiologia:
Fórmula molecular = C44H69N2O12.H2O
Massa molecular = 804,0241 g/mol
O Tacrolimus, descoberto em 1987, é um antibiótico
da classe dos macrolídeos isolado do Streptomyces
tsukubaensis, encontradiço no solo de uma região do
Japão. É droga imunossupressora empregada na
prevenção da rejeição de transplantes. Possui um
mecanismo de ação semelhante ao da Ciclosporina A
reduzindo a atividade da peptidil-prolil isomerase
após a sua ligação a uma imunofilina
intracitoplasmática, a FKBP-12 (FK506 Binding
Protein) criando um novo complexo. Este inibe o
sinal de transdução dos linfócitos T e a transcrição
IL-2. Tem uma toxicidade renal parecida à
Ciclosporina, porém a sua atividade in vitroé 100
vezes mais potente.
O nome “Tacrolimus” deriva de Tsukuba macrolide
immunosuppressant.
O seu nome químico é:
[3S[3R*[E(1S*,3S*,4S*)],4S*,5R*,8S*,9E,12R*,14R*,15S*,16R*,18S*,19S*,26aR*]]5,6,8,11,12,13,14,15,16,17,18,19,24,25,26,26a-hexadecaidro-5, 19-diidroxi-3- [2-(4-hidroxi-3-metoxiciclohexil) -1-metiletenil]-14, 16-dimetoxi-4,10,12, 18-tetrametil-8-(2-propenil)-15, 19-epoxi-3H-pirido[2,1-c][1,4] oxaazaciclotricosina-1,7,20, 21(4H,23H)-tetrona, monoidrato.
Material Biológico:
Sangue com EDTA.
Coleta:
1,0 ml de sangue com EDTA. Não empregar tubos
com gel separador! A coleta é feita pela manhã ou
em outro horário, logo antes da tomada da próxima
dose do medicamento, não havendo necessidade de
jejum. Esta amostra representa o ponto mínimo da
concentração diária no soro do paciente. Convém o
paciente tomar o medicamento adequadamente
conforme prescrição médica durante ao menos dois
dias antes da dosagem. Pode ser coletado a qualquer
hora se houver suspeita de intoxicação.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 5 dias.
Valor Normal:
Nível terapêutico
Nível terapêutico ótimo
Nível “borderline”
Nível tóxico?
5,0 a 15,0 µg/l
10,0 a 15,0 µg/l
15,1 a 20,0 µg/l
> 20,0 µg/l
* µg/l = ng/ml ** Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/l por 0,001244
Interferentes:
Temperatura ambiente. Tubo com gel separador.
Presença de coágulo. Hemólise.
Método:
MEIA. Enzimaimunoensaio de micropartículas.
Interpretação:
O Tacrolimus atua inibindo a formação de linfócitos
citotóxicos, responsáveis pela rejeição de enxertos
alogênicos. Inibe a expressão de genes responsáveis
pela produção de linfocinas citotóxicas, impedindo,
assim, a ativação das células T e a proliferação das
céulas B dependentes de linfócitos T-helper.
Emprega-se após transplante de fígado, coração, rim
e outros.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://ndt.oupjournals.org/cgi/content/full/16/9/1905
http://www.uni-regensburg.de/Fakultaeten/Medizin/Klinische_Chemie/lehre/vorlesung/Immunsuppressiva.pdf
TAENIA SPP.
SOLITÁRIA
CBHPM 4.03.03.07-1
AMB 28.03.009-5
Sinonímia:
Taenia saginata. Taenia solium.
Solitária.
Fisiologia:
Taxonomia: Taenia saginata(patogênico)
Sinônimo: solitária.
Filo Platyhelminthes, Classe Cestoidea, Subclasse Cestoda, Ordem Cyclophyllidea, Família Taeniidae, Gênero Taenia, Espécie saginata.
Taenia solium(patogênico)
Sinônimo: solitária, cisticercose.
Filo Platyhelminthes, Classe Cestoidea, Subclasse Cestoda, Ordem Cyclophyllidea, Família Taeniidae, Gênero Taenia, Espécie solium.
Material Biológico:
Proglote isolado ou fragmentos de Taenia.
Coleta:
Enviar o material coletado com ou sem uso de
medicação. Informar, se possível, se o(s) proglote(s)
tinha(m) movimento próprio ou não.
Armazenamento:
Armazenar em frasco com água ou soro fisiológico.
Exames Afins:
Parasitológico de fezes.
Valor Normal:
Taenia saginata
Taenia solium
solitária originária da carne bovina (boi, vaca).
Não causa cisticercose no homem.
solitária originária da carne suína (porco).
Pode causar cisticercose no homem.
Preparo do Paciente:
Não coletar em frasco com álcool ou formol.
Interferentes:
Acondicionamento inadequado.
Método:
Avaliação microscópica da espécie da Taenia.
Interpretação:
Sua identificação só pode ser feita através da visualização das diferenças morfológicas dos proglotes maduros, baseada no número de ramificações laterais no útero do proglote grávido.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TEMPO DE COAGULAÇÃO
TC
CBHPM 4.03.04.58-2
AMB 28.04.069-4
Sinonímia:
Tempo de formação do coágulo. Coagulograma.
Tempo de Lee-White.
Material Biológico:
Sangue.
Coleta:
Sangue venoso sem anticoagulante.
No momento que o sangue começa a entrar na
seringa descartável, acionar o cronômetro.
Transferir aproximadamente 1 a 2 ml de sangue para
cada um de 2 tubos de ensaio de vidro lavados, não
siliconizados, com diâmetro interno de 8 mm,
chamados tubo A e B. Colocar os 2 tubos em banho-
maria a +37ºC ou mantê-los no calor da mão (pode
ser na mão do próprio paciente). Deixar os tubos
imóveis por 4 min. Dado o 4º minuto, testar o tubo A
deitando-o quase na horizontal para ver se o sangue
escorre. Se escorrer, colocá-lo novamente de pé.
Após 30 segundos, fazer o mesmo teste no tubo B e
assim por diante, alternando os tubos a cada 30
segundos até que o sangue não escorra mais em
determinado tubo e que se consiga invertê-lo
completamente (de cabeça para baixo), sem que o
coágulo saia. Parar o cronômetro e anotar o tempo
decorrido com precisão de 30 segundos.
Armazenamento:
Teste feito diante do paciente.
Exames Afins:
Coagulograma. TP. TTP. Fibrinogênio. Plaquetas.
Valor Normal:
4 a 8 min#
# para tubos de 8 mm de diâmetro interno.
Obs.: quando o diâmetro interno do tubo é de 10 ou 12 mm, o tempo-limite aumenta respectivamente para até 10 e até 12 min
Preparo do Paciente:
Jejum é desnecessário.
Interferentes:
Inverter os tubos em intervalos menores que 1
minuto, deixá-los esfriar (fora do banho ou fora do calor da mão). Tubo de plástico. Tubo siliconizado.
Presença de anticoagulantes. Técnico apressado.
Método:
Lee-White.
Interpretação:
O TC aumenta nas deficiências de fatores intrínsecos
(deficiência de fator X, deficiência de fibrinogênio,
etc.), na presença de anticoagulante.
Esse teste é precário, mas é tradicional e ainda muito
utilizado em nosso meio. Apresenta resultados muito
irregulares conforme o técnico executante e por ser
de difícil padronização laboratorial, deve-se dar
preferência a testes mais fidedignos.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TEMPO DE PROTROMBINA
TP
CBHPM 4.03.04.59-0
AMB 28.04.073-2
Sinonímia:
Fator II. TP. TAP. Tempo e atividade de protrombina.
Tempo de Quick. PT. Prothrombin Time.
INR. International Normalized Ratio.
RNI. Relação Normatizada Internacional.
Fisiologia:
ATIVIDADE % DE PROTROMBINA.
Para calcular a % de atividade, primeiro é preciso
determinar o Fator Hiperbólico da curva do TP:
Fator Hiperbólico:
Aplicar a equação:
onde: FH = Fator Hiperbólico seg100 = Tempo em segundos, do padrão ou “pool” com 100 % de atividade seg50 = Tempo em segundos, do padrão ou “pool” acima, diluído 1:2 com soro fisiológico (50 % de atividade)
% de Atividade:
onde: %Ativ = Atividade % do paciente seg100 = Tempo em segundos, do padrão ou “pool” com 100 % de atividade segpac = Tempo em segundos, do plasma do paciente FH = Fator Hiperbólico
INR = International Normalized Ratio.
PR = Prothrombin Ratio.
onde: INRpac = International Normalized Ratio do paciente PRpac = Prothrombin Ratio do paciente segpac = Tempo em segundos, do plasma do paciente seg100 = Tempo em segundos, do padrão ou “pool” com 100% de atividade ISI International Sensitivity Index (determinado na fábrica do kit)
Material Biológico:
Plasma citratado.
Coleta:
Sangue anticoagulado com citrato trissódico a 3,2 %
(0,109 mol/l) na proporção de 9:1 (4,5:0,5) ou
(3,15:0,35).
Centrifugar logo, de preferência em centrífuga
refrigerada, e separar 1 ml de plasma citratado,
pobre em plaquetas.
Se o paciente tiver hematócrito sabidamente acima
de 55 % ou abaixo de 20 %, é necessário corrigir a
proporção do citrato.
Para saber quanto anticoagulante usar em função do
volume de sangue coletado, aplicar a equação:
onde: Volcitrato3,2% = Volume, em ml, de citrato a 3,2 % a colocar no tubo de coleta Htc = Hematócrito do paciente em % Volsangue = Volume, em ml, de sangue total a ser colocado no mesmo tubo de coleta
Por exemplo, se o paciente apresentar um hematócrito de 60 %, 5,0 ml de sangue devem ser acrescentados a 0,37 ml do citrato a 3,2 %.
Não usar citrato a 3,8 ou 4,0 %!
Informar medicamentos utilizados pelo(a) paciente,
principalmente anticoagulantes antagonistas da
Vitamina K: Marcoumar®(femprocumona),
Marevan®, Coumadin®(warfarina), Venalot®
(cumarina) ou a própria Vitamina K: Kanakion®
(vitamina K1).
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC. O exame deve
ser feito em até 9 horas após a coleta. Para envio à
distância, congelar em gelo seco a -80ºC.
Exames Afins:
TS, TC, TTPA. Mutação G20210A do gene da protrombina.
Valor Normal:
EXEMPLO:
TP
Atividade
PR
INR
11,0 a 14,6 segundos#
120,0 a 70,0 % de atividade
0,92 a 1,22
0,91 a 1,25
Parâmetros da tromboblastina:
pool 100 % = 12,0 segundos#
ISI = 1,13#
Fator = 6,0 (hipérbole)#
# variável conforme o lote de tromboplastina cálcica.
Pode-se calcular o TP em segundos, esperado para
determinado paciente feito num coagulômetro B,
dispondo dos parâmetros da tromboplastina B e dos
resultados do TP do mesmo paciente obtidos num
coagulômetro A, aplicando a fórmula:
onde: segpacB = Tempo em segundos, do plasma do paciente, esperado para o coagulômetro B INRA = INR do mesmo paciente feito no coagulômetro A ISIB = ISI da tromboplastina do coagulômetro B seg100B = Tempo em segundos, do padrão ou “pool” com 100 % de atividade do coagulômetro B
Pode-se calcular o ISIB de certa tromboplastina para
uso num coagulômetro B a partir de um outro
coagulômetro-calibrador A com ISIA fornecido pelo
fabricante da tromboplastina, aplicando a fórmula:
ou
ISIB = ISI da tromboplastina, a ser calibrada para o aparelho “B” segpoolA = tempo em segundos do plasma do “pool” ou do paciente, determinado no aparelho “A” (calibrador) seg100A = tempo em segundos do plasma-padrão correspondente a 100 % de atividade de protrombina determinado no aparelho “A” (calibrador) segpoolB = tempo em segundos do mesmo plasma do “pool” ou do mesmo paciente, determinado no aparelho “B” (a calibrar) seg100B = tempo em segundos do mesmo plasma-padrão correspondente a 100 % de atividade de protrombina determinadono aparelho “B” (a calibrar).
Certos serviços preconizam o emprego da Média
Geométrica dos tempos de protrombina de 20
plasmas normais da rotina do dia em subsituição ao
seg100. Nesse caso, aplica-se a equação:
onde t1 a t20 são os respectivos tempos em segundos dos 20 plasmas normais do dia.
Nesse caso,
tempoMG100 substitui seg100
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Informar medicamentos usados nos últimos 10 dias.
Interferentes:
Anticoagulantes: principalmente antagonistas da
Vitamina K: Marcoumar®(femprocumona),
Marevan®, Coumadin®(warfarina), Venalot®
(cumarina).
Vitamina K: Kanakion(vitamina K1).
Coleta incorreta. Hemólise.
Consumo de brócolis (Brassica oleracea).
Método:
IL - Instrumentation Laboratory ACL 7000
Interpretação:
É utilizado na avaliação de alterações congênitas e
adquiridas de fatores da via extrínseca da
coagulação, no controle da anticoagulação e na
triagem pré-operatória.
AUMENTO DO TEMPO: deficiência de fatores
específicos a esse teste (VII, X, V, II), presença de
inibidor, cirrose hepática, hepatites virais (A, B, C, D,
E, G), hepatite auto-imune, alcoolismo, D. de
Laennec, S. de Bard-Pick, cirrose biliar primária,
colangite esclerosante primária, coagulação intravascular disseminada, terapia anticoagulante
(Warfarina, dicumarínicos), antibióticos,
colestiramina, esteatorréia, deficiência dietética de
vitamina K, hipertireoidismo.
Plasmacrito baixo (≤ 45 %) em conseqüência de
hematócrito alto (≥ 55 %) causando excesso
proporcional de citrato plasmático.
Excesso de citrato plasmático resultante de adição
proporcionalmente insuficiente de sangue total.
ESTADOS CLÍNICOS e INR SUGERIDO:
INR de 2,0 a 2,5:
Profilaxia do tromboembolismo venoso e cirurgia em
paciente de alto risco para tromboembolia.
INR de 2,0 a 3,0:
Tratamento de trombose venosa profunda, e de
embolia pulmonar ou sistêmica, prevenção de
tromboembolia venosa na fibrilação atrial e da
tromboembolia venosa no infarto do miocárdio e do
ataque isquêmico transitório (TIA).
INR de 3,0 a 4,0:
Trombose venosa profunda recorrente, embolia
pulmonar recorrente e prótese de válvula cardíaca
tecidual.
INR de 3,0 a 4,5:
Embolismo arterial, infarto agudo do miocárdio
(IAM), prótese de válvula cardíaca mecânica.
O Tempo de Protrombina é excelente prova de
função hepática quando, prolongado, tende a
normalizar-se a partir de 3 dias após injeção de
vitamina K (Kanakion®).
REDUÇÃO DO TEMPO:
(atividade > 120 % ou INR < 0,90)
Geralmente não tem significado clínico.
Plasmacrito alto (≥ 80 %) em conseqüência de
hematócrito baixo (≤ 20 %) (anemia) causando falta
proporcional de citrato plasmático.
Falta de citrato plasmático resultante de adição
proporcionalmente exagerada de sangue total.
Contaminação do plasma com MgCl2.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://acta.uta.fi/pdf/951-44-5450-2.pdf
http://medinfo.ufl.edu/year2/coag/pt.html
TEMPO DE SANGRAMENTO
TS
CBHPM 4.03.04.61-2
CBHPM 4.03.04.91-4
AMB 28.04.076-7
AMB 28.04.113-5/96
Sinonímia:
Tempo de Duke. Tempo de Ivy. Tempo de Mielke.
Tempo de sangria. Coagulograma.
Material Biológico:
Sangue.
Coleta:
Método de Ivy e Mielke: Introduzir uma lâmina nova no molde (template).
Aplicar um esfigmomanômetro (aparelho de pressão)
no braço do paciente no qual nenhuma veia tenha
sido puncionada. Selecionar uma área de teste na
superfície volar (anterior) do antebraço, 5 a 10 cm
abaixo do sulco do cotovelo, em que não haja lesões,
pêlos nem veias superficiais. Limpar com álcool
70ºGL e deixar secar. Inflar o esfigmomanômetro a
40 mmHg e manter essa pressão durante todo o
teste (verificar e corrigir amiúde). Ter à mão o
cronômetro. Numa rápida sucessão, fazer uma
incisão no local preparado, em ângulo reto com o
eixo longitudinal do antebraço (para minimizar o
tamanho da cicatriz) e acionar o cronômetro. A cada
30 segundos, absorver o sangue vertido da incisão,
com papel de filtro, mas sem esfregar o corte. Parar
o cronômetro quando o papel de filtro não apresentar
mais nenhuma nova mancha de sangue. Afrouxar a
pressão do esfigmomanômetro e removê-lo. Fazer
curativo com Band-aid® ou similar. Contar o número
de gotas ou manchas de sangue do papel de filtro e
multiplicar por 30 segundos, obtendo assim, o tempo
de sangramento com precisão de 30 segundos.
Método de Duke:
Desinfetar o lóbulo da orelha com álcool 70ºGL.
Deixar secar e esperar que a região volte à sua
temperatura normal. Com um estilete descartável,
puncionar o lóbulo e acionar o cronômetro. A cada 30
segundos absorver a gota de sangue sem esfregar a
incisão. Parar o cronômetro quando o papel de filtro
não absorver mais nenhuma gotícula de sangue.
Contar o número de gotas de sangue no papel de
filtro e multiplicar por 30 segundos, obtendo assim, o
tempo de sangramento com precisão de até 30
segundos. Limpar o lóbulo da orelha.
Armazenamento:
Feito diretamente no paciente.
Exames Afins:
Coagulograma. TP. TTPA. Fibrinogênio. Plaquetas.
Fator VIII. Fator de Von Willebrand.
Valor Normal:
Tempo de Ivy e Mielke
Para plaquetas acima de 100.000/µl
até 5 meses
5 meses a 13 anos
acima de 13 anos
1 min 00 seg a 2 min 00 seg
1 min 30 seg a 9 min 00 seg
1 min 30 seg a 8 min 00 seg
Para plaquetas de 10.000 a 100.000/µl calcula-se o TS médio através da fórmula:
onde: TSm = Tempo de Sangramento médio em min plaq = Plaquetas/µl
Tempo de Duke: 1 a 3 min
Preparo do Paciente:
Suspender drogas com efeito antiagregante de plaquetas durante 5 dias antes do teste.
Jejum desnecessário.
Interferentes:
Antiagregantes plaquetários: ácido acetil salicílico,
dextran, fenilbutazona etc...
Método:
Ivy e Mielke ou Duke.
Interpretação:
Ivy e Mielke: um aumento do TS representa uma
trombocitopenia de moderada a severa, uma função
plaquetária anormal ou ambas. D. de Von Willebrand.
Fragilidade capilar. Púrpura de Henoch-Schönlein.
S. de Bernard-Soulier. Tromboastenia de Glanzmann.
Fibrinogenopatias. Insuficiência renal. Presença de
PDF (Produtos de Degradação do Fibrinogênio).
Paraproteinemia.
Duke: mesma interpretação.
Obs.: esse método é grosseiro, sofrendo muita
variação nos resultados dependendo da técnica de
quem o executa.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TEMPO DE TROMBINA
TT
CBHPM 4.03.04.62-0
AMB 28.04.078-3
Sinonímia:
TT.
Material Biológico:
Plasma citratado.
Coleta:
Sangue anticoagulado com citrato trissódico a 3,2 %
(0,109 mol/l) na proporção de 9:1 (4,5:0,5) ou
(3,15:0,35).
Centrifugar logo, de preferência em centrífuga
refrigerada, e separar 1 ml de plasma citratado,
pobre em plaquetas.
Se o paciente tiver hematócrito sabidamente acima
de 55 % ou abaixo de 20 %, é necessário corrigir a
proporção do citrato.
Para saber quanto anticoagulante usar em função do
volume de sangue coletado, aplicar a equação:
onde: Volcitrato3,2% = Volume, em ml, de citrato a 3,2 % a colocar no tubo de coleta Htc = Hematócrito do paciente em % Volsangue = Volume, em ml, de sangue total a ser colocado no mesmo tubo de coleta
Por exemplo, se o paciente apresentar um hematócrito de 60 %, 5,0 ml de sangue devem ser acrescentados a 0,37 ml do citrato a 3,2 %.
Não usar citrato a 3,8 ou 4,0 %!
Informar medicamentos utilizados pelo(a) paciente, principalmente anticoagulantes.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC. O exame deve
ser feito em até 9 horas após a coleta. Para envio à
distância, congelar em gelo seco a -80ºC.
Exames Afins:
Fibrinogênio. Tempo de reptilase (Bothrops atrox).
Valor Normal:
16,0 a 26,1 segundos
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Coleta inadequada ou uso de heparina sem comunicar. Hemólise.
Método:
IL - Instrumentation Laboratory ACL 7000
Interpretação:
É um teste de triagem para deficiências de
fibrinogênio e de inibidores da trombina,
contaminação por heparina, PDFs alterados.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADO
TTPA
CBHPM 4.03.04.63-9
AMB 28.04.079-1
Sinonímia:
TTPA. Prova de controle de heparinização.
aPTT = activated Partial Thromboplastin Time.
KPTT = Kaolin-activated Partial Thromboplastin Time.
PTTK = Partial Thromboplastin Time with Kaolin.
Tempo de tromboplastina parcial ativado por caulim.
Monitoramento da heparinoterapia.
Fisiologia:
A heparina age como um anticoagulante por formar
um complexo com a antitrombina, catalizando a
inibição de vários fatores da coagulação ativados:
XIIa, XIa, IXa, Xa e trombina. Os fatores ativadores
habituais são caulim (Al
2O3.2SiO2.2H2O), Celite ou
ácido elágico. A sensibilidade do método depende da
concentração, do tipo de ativador e do fosfolípide
utilizado.
A Heparina é mais comumente empregada na
prevenção e tratamento dos tromboembolismos
arteriais e venosos. O início de sua ação é imediato.
É geralmente utilizada em condições agudas e deve
ser administrada parenteralmente.
Um efeito terapêutico razoável é alcançado quando a
Relação R do TTPA ficar entre 1,50 e 2,50 o que
corresponde a um nível do Fator Xa de 0,35 a 0,70
U/ml.
Material Biológico:
Plasma citratado.
Coleta:
Sangue anticoagulado com citrato trissódico a 3,2 %
(0,109 mol/l) na proporção de 9:1 (4,5:0,5) ou
(3,15:0,35).
Centrifugar logo, de preferência em centrífuga
refrigerada, e separar 1 ml de plasma citratado,
pobre em plaquetas.
Se o paciente tiver hematócrito sabidamente acima
de 55 % ou abaixo de 20 %, é necessário corrigir a
proporção do citrato.
Para saber quanto anticoagulante usar em função do
volume de sangue coletado, aplicar a equação:
onde: Volcitrato3,2% = Volume, em ml, de citrato a 3,2 % a colocar no tubo de coleta Htc = Hematócrito do paciente em % Volsangue = Volume, em ml, de sangue total a ser colocado no mesmo tubo de coleta
Por exemplo, se o paciente apresentar um hematócrito de 60 %, 5,0 ml de sangue devem ser acrescentados a 0,37 ml do citrato a 3,2 %.
Não usar citrato a 3,8 ou 4,0 %!
Informar medicamentos utilizados pelo(a) paciente,
principalmente anticoagulantes heparínicos:
Fraxiparina®, Nadroparina, Heparina, Liquemine®.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC. O exame deve
ser feito em até 9 horas após a coleta. Para envio à
distância, congelar em gelo seco a -80ºC.
Exames Afins:
Fibrinogênio, TT, TP, PDF, Prova do Laço.
Valor Normal:
adultos
crianças
26,0 a 39,0 segundos
35,0 a 45,0 segundos
R = até 1,20
R = até 1,29
Esquema de Heparinização EV:
Dose inicial
R do TTPA
inf a 1,20
1,20 a 1,49
1,50 a 2,29
2,30 a 3,00
sup a 3,00
80 UI/kg diretos e 18 UI/kg/hora
+80 UI/kg diretos e 4 UI/kg/hora
+40 UI/kg diretos e 2 UI/kg/hora
Não alterar
Diminuir a infusão em 2 UI/kg/hora
Manter a infusão durante 1 hora, depois diminuir em 3 UI/kg/hora
Obs.: monitorar o TTPA a cada 4 a 6 horas.
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Coleta traumática com presença de tromboplastina
tecidual. Hemólise. Anticoagulante inadequado.
Proporção sangue/anticoagulante inadequada.
Drogas: Aumentam o TTPA: ácido acetilsalicílico,
asparaginase, aztreonam, cefoperazona,
clorpromazina, dextran, sais de ouro, metronidazol, naloxona, fenitoína, contrastes radiográficos.
Método:
IL - Instrumentation Laboratory - ACL 7000
Interpretação:
Avaliação pré-operatória ou tratamento de prevenção
de tromboembolismo arterial ou venoso.
Diagnóstico de coagulopatias (hemofilia A e B).
Avaliação da via intrínseca da coagulação. Inibidores
da coagulação. Monitoramento de heparinoterapia.
AUMENTO DO TEMPO:heparinoterapia, anticoagulante lúpico, deficiência de fator VIII (hemofilia A), deficiência de fator IX (hemofilia B, D. de Christmas), deficiência do fator de von Willebrand, deficiência de fator XI, deficiência de fator XII (fator de Hageman), deficiência de vitamina K, hepatopatia com prejuízo da síntese protéica, S. nefrótica, disproteinemias, D. de Gaucher.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TEOFILINA
AMINOFILINA®
CBHPM 4.03.02.47-4
AMB 28.01.133-3
Sinonímia:
Aminofilina®. ([teofilina]2.etilenodiamina)
Nomes comerciais: Aminofilina(teofilina-etilendiamina). Bronquiasma®, Filinasma®, Franol®,
Marax®, Talofilina®, Teolong®, Tedral®.
Fisiologia:
Base púrica, pertencente ao grupo das metilxantinas.
As metilxantinas são três: cafeína, teofilina e
teobromina.
Aminofilina: ([teofilina]2.etilenodiamina):
Fórmula molecular = C16H24N10O4
Massa molecular = 420,4 g/mol
Teofilina:
Fórmula molecular = C7H8N4O2
Massa molecular = 180,167 g/mol
Volume de distribuição (l/kg): 0,45
Meia-vida (t½) biológica: Adultos : 4 a 6 horas (não-fumantes) Crianças : 2 a 4 horas (maiores de 6 meses) RN : 19 a 24 horas Prematuros : 14 a 57 horas Insuficiência cardíaca ou hepática : 20 a 120 horas
Material Biológico:
Soro ou plasma.
Coleta:
2,0 ml de soro ou plasma após Jejum de 4 ou mais
horas. Coletar 2 horas após a administração da
última dose.
Exames afins:
Acetona. Proteinúria. Glicose.
Valor Normal:
AMINOFILINA
Nível terapêutico
crianças
adultos
Nível tóxico
6,0 a 11,0 µg/ml
8,0 a 20,0 µg/ml
superior a 20,0 µg/ml
* µg/ml = mg/l ** Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/ml por 2,3787
Preparo do Paciente:
QUESTIONÁRIO PARA O PACIENTE:
1) Nome do paciente
2) Idade, sexo, altura e peso corporal
3) Medicação utilizada (nome comercial)
4) Concentração usada
5) Quando iniciou o uso da medicação
6) Horário em que tomou a última dose
7) Horário da coleta
Interferentes:
SUBSTÂNCIAS INTERFERENTES.
Alimentos: café, chá, cacau, mate, cola, guaraná.
Medicamentos que contenham metilxantinas:
cafeína (1,3,7-trimetilxantina),
teobromina (3,7-dimetilxantina).
Método:
HPLC.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TESTE DO PEZINHO
SCREENING NEONATAL
Sinonímia:
Triagem neonatal. Screening neonatal. Rastreamento neonatal.
Fisiologia:
O “Teste do pezinho”, modernamente é um exame
extremamente útil para rastreamento de uma série
de DD. congênitas, metabólicas, infecciosas e
genéticas.
Com algumas gotas de sangue total embebidas em
papel de filtro coletadas por punção do calcanhar ou
diretamente da veia do RN é possível pesquisar as
condições descritas neste capítulo. A coleta das
amostras deve ser feita após, no mínimo, a 3ª
mamada do RN, a partir do 3º e até o 30º dia de
vida. Depois do 30º dia recomendam-se as dosagens
feitas em sangue, soro, plasma ou urina.
Há mais de 30 testes disponíveis:
DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DOS ÁCIDOS ORGÂNICOS:
Cada doença hereditária deste grupo resulta da falta
de atividade de uma enzima envolvida no
metabolismo dos aminoácidos, “tijolos” das nossas
proteínas, ou no de outras substâncias como lípides,
carboidratos e esteróides, resultando no acúmulo de
ácidos tóxicos no organismo. Sem tratamento
precoce, esses distúrbios podem causar coma e
morte durante o primeiro mês de vida.
SIGLAS
IVA
GA I
HMG
MCD
MUT
Cbl A,B
3MCC
PROP
BKT
DISTÚRBIO METABÓLICO
Acidemia isovalérica
Acidemia glutárica
Acidúria 3-OH, 3-CH3glutárica
Deficiência de carboxilase múltipla
Acidemia metilmalônica por deficiência enzimática de mutase
Acidemia metilmalônica
Deficiência de 3-metilcrotonil-CoA carboxilase
Acidemia propiônica
Deficiência de beta-cetotiolase
DISTÚRBIOS DA OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS:
Cada doença hereditária deste grupo resulta da falta
de enzimas necessárias à conversão de ácidos graxos
em energia. Quando no organismo começa a faltar a
glicose, ele geralmente mobiliza as gorduras para
suprir o fígado de nutrientes alternativos (cetonas).
Os pacientes com essa deficiência de oxidação são
prejudicados pela falta de glicose. Isso acontece mais
amiúde quando o paciente está doente ou quando “pula” refeições. Sem tratamento, o cérebro e vários
outros órgãos podem ser afetados, progredindo, às
vezes, para coma e morte.
SIGLAS
MCAD
VLCAD
LCHAD
TFP
CUD
DISTÚRBIO METABÓLICO
Deficiência de desidrogenase de acil-CoA de cadeias médias
Deficiência de desidrogenase de acil-CoA de cadeias muito longas
Deficiência de desidrogenase de acil-CoA de cadeias longas
Deficiência protéica trifuncional
Defeito da captação de carnitina
DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS:
Este consiste num grupo de distúrbios com vários
graus de gravidade. Alguns indivíduos apresentam
falta de enzimas necessárias para metabolizar os
aminoácidos. Outros apresentam deficiência de
enzimas que ajudam o organismo a se livrar do
nitrogênio contido nas moléculas dos aminoácidos.
Níveis tóxicos de aminoácidos ou de amônia
acumulados no organismo podem causar vários sinais
e sintomas típicos e inclusive a morte.
SIGLAS
PKU
MSUD
CIT
ASA
TYR I
AACROM
DISTÚRBIO METABÓLICO
Fenilcetonúria por deficiência enzimática de fenilalanina-hidroxilase
D. da urina em xarope de ácer do Canadá Acer saccharum (bordo) Maple-syrup urine disease
Citrulinemia
Acidemia argininossuccínica
Tirosinemia tipo I
Cromatografia de aminoácidos
HEMOGLOBINOPATIAS:
Estas doenças hereditárias dos glóbulos vermelhos
resultam em vários tipos e graus de anemias assim
como outros problemas de saúde. A gravidade destes
distúrbios é muito variável de uma pessoa para outra.
SIGLAS
Hb SS
Hb S/Th
Hb S/C
G6PD
HEMOGLOBINOPATIA
Anemia falciforme
Hemoglobina S/beta-talassemia
D. das hemoglobinas S/C
Deficiência da enzima glicose-6-fosfato-desidrogenase
OUTRAS:
Este grupo de distúrbios inclui algumas doenças
hereditárias e outras não. Variam muito de gravidade
desde ligeira a comprometedora da vida.
SIGLAS
CH - T4 neo - TSH neo
BIOT
CAH
HAC
GALT
HEAR
CF - IRT
DISTÚRBIO
Hipotireoidismo congênito
Deficiência de biotinidase, enzima que cinde a biotina dos peptídeos biocina e biotinil
Hiperplasia adrenal congênita devida a
deficiência de 21-hidroxilase e/ou 11-beta-hidroxilase
que transforma a 17-OHP em cortisol
Galactosemia clássica por deficiência de
D-galactose-1-fosfotransferase,
alfa-D-galactose-1-fosfato-uridil-transferase
ou UDP glicose-4-epimerase
Perda auditiva (Teste de Surdez Congênita)
(Teste “da orelhinha”)
Obs.: embora às vezes incorretamente chamado de teste
“da orelhinha”, o sangue é coletado do pezinho ou da
veia e colocado em papel de filtro.
Teste “da orelhinha” = Exame de Emissões Otoacústicas Evocadas
(EOAs).
Fibrose cística (mucoviscidose) Pesquisa da tripsina imunorreativa
DOENÇAS INFECCIOSAS:
Este grupo inclui algumas doenças infecciosas, congênitas ou não, adquiridas durante a gestação.
SIGLAS
Chagas
CMV
Rubéola
Toxoplasmose
Sífilis
AIDS
DOENÇAS INFECCIOSAS
Pesquisa de anticorpos IgM anti-Tripanossoma cruzi
Pesquisa de anticorpos IgM anti-citomegalovirus
Pesquisa de anticorpos IgM anti-rubéola
Pesquisa de anticorpos IgM anti-Toxoplasma gondii
Pesquisa de anticorpos IgM anti-Treponema pallidum
Pesquisa de anticorpos anti-HIV 1 e 2
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TESTOSTERONA BIODISPONÍVEL
BIOAVAILABLE TESTOSTERONE
Sinonímia:
Testosterona biodisponível. Bioavailable testosterone.
Fisiologia:
17-ß-hidroxi-4-androsten-3-ona.
Fórmula molecular = C19H28O2
Massa molecular = 288,431 g/mol
A testosterona é transportada (~ 98 %) pela SHBG
(Globulina ligadora de hormônios sexuais) ou TeBG
(Globulina ligadora de testosterona e estradiol), pela
CBG (Globulina ligadora de corticosteróides ou
Transcortina) e pela Albumina.
A testosterona total está assim distribuída:
Testosterona ativa livre: ♂ 2 %, ♀1 %,
Testosterona inativa ligada à SHBG e à CBG:
♂ ~ 60 %, ♀~ 80 %,
Testosterona inativa ligada à albumina:
♂ ~ 38 %, ♀~ 19 %,
Testosterona biodisponível = testosterona livre +
testosterona ligada à albumina: ♂ ~ 40 %, ♀~ 20 %
A dosagem da testosterona total não é fidedigna, já
que com a idade a Testosterona biodisponível
(biologicamente ativa) diminui e a SHBG aumenta,
não refletindo, portanto, o real estado do paciente.
A TESTOSTERONA BIODISPONÍVEL é calculada a
partir das dosagens da Albumina sérica em g/dl, da
Testosterona total em ng/dl e da SHBG em nmol/l
aplicando a fórmula de Baskara numa equação do 2º
grau:
Primeiro calcula-se a Testosterona Livre (FT):
onde:
e
FT = Testosterona Livre em mol/l Alb = Albumina em g/dl SHBG = SHBG em nmol/l T = Testosterona Total em ng/dl
* Para obter a Testosterona Livre em ng/dl,
multiplicar a Testosterona Livre em mol/l por
28.843.100.000 Finalmente, calcula-se a Testosterona Biodisponível
aplicando o resultado da Testosterona Livre em ng/dl
(oriunda do cálculo acima ou de sua dosagem direta)
e da Albumina em g/dl aplicando a equação:
onde: TesBio = Testosterona Biodisponível em ng/dl FTe = Testosterona Livre em ng/dl Alb = Albumina em g/dl 3,6x104 = KA da Albumina 69.000 = PM da Albumina em Da 10 = Fator g/dl →g/l
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
0,5 ml de soro.
Informar sexo, idade, DUM e mês de gestação.
Armazenamento:
Conserva-se até 48 horas refrigerado entre +2 e +8ºC
Congelado a -20ºC conserva-se até 2 meses.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Não repetir descongelamentos do material.
Exames Afins:
Testosterona, Cortisol, LH, FSH, SHBG, Sulfato de Deidroepiandrosterona, Androstenediona.
Valor Normal:
Homens
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
> que 49 anos
Mulheres
20 a 49 anos
> que 49 anos
Testosterona Biodisponível
30,0 a 128,0 ng/dl
24,0 a 122,0 ng/dl
14,0 a 126,0 ng/dl
18,0 a 82,0 ng/dl
0,4 a 8,4 ng/dl
0,4 a 6,6 ng/dl
Segundo Quest Diagnostics:
Homens
Até 17 anos
18 anos em diante
Mulheres
Até 17 anos
18 anos em diante
Testosterona biodisponível
não estabelecido
84,0 a 402,0 ng/dl
não estabelecido
3,0 a 29,0 ng/dl
** Para obter valores em nmol/l, multiplicar os ng/dl por 0,03467
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Não administrar radioisótopos in vivoao paciente nas 24 horas precedentes à coleta.
Interferentes:
Hemólise, lipemia, icterícia.
Presença de radioisótopos circulantes.
Descongelamentos repetidos.
Método:
Radioimunoensaio com 125I.
Sensibilidade analítica = 0,18 pg/ml
Especificidade = 100 %
Interpretação:
Utilizado no diagnóstico de hipogonadismo no sexo
masculino e de hirsutismo no sexo feminino.
AUMENTO: ovários policísticos (S. de Stein-
Leventhal), hipertecose, D. de Cushing, hiperplasia
adrenal congênita, resistência andrógena, hirsutismo,
acne, alopécia.
DIMINUIÇÃO: hipogonadismo, deficiência
enzimática de P-450(c17)ase, homens idosos com
redução da libido e do desempenho sexual com
quadros de depressão, andropausa e osteoporose.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.issam.ch/freetesto.htm
TESTOSTERONA ESTIMULADA POR HCG
RESERVA TESTICULAR
CBHPM 4.07.12.51-6
AMB 28.05.069-0
Sinonímia:
Teste de reserva testicular. Teste de estímulo com
gonadotrofina coriônica humana.
Nomes comerciais: Pregnyl®, Profasi hp®,
Choragon®.
Material Biológico:
Soro ou plasma heparinizado.
Coleta:
1,0 ml de soro ou plasma heparinizado do 1º dia e
1,0 ml de soro ou plasma heparinizado do 5º dia,
após 12 injeções de ß-HCG.
Centrifugar imediatamente as amostras e congelar.
Identificar bem as datas das coletas. Enviar os tubos
do 1º e 5º dia para a técnica JUNTOS para serem
dosados ao mesmo tempo.
Armazenamento:
Congelar as duas amostras -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Evitar descongelamentos repetidos.
Exames Afins:
DHT. Estradiol. FSH. LH. Testosterona estimulada por Clomifeno.
Valor Normal:
Normal adulto
Resposta testicular normal
250,0 a 950,0 ng/dl
resultado do 5º dia o dobro ou mais do resultado do 1º dia
Preparo do Paciente:
Jejum de 10 a 12 horas para ambas as coletas. Água ad libitum.
Após a 1ª coleta, aplicar 1 ampola de 1.500 U.I. de
Gonadotrofina Coriônica Humana (Pregnyl®, Profasi
hp® ou Choragon®), IM a cada 8 horas durante 4
dias. Total: 12 injeções. Por exemplo, se a 1ª coleta
de sangue for feita às 7 horas, aplicar as injeçõesàs
7, às 15 e às 23 horas durante 4 dias seguidos e
coletar a 2ª amostra de sangue às 7 horas do 5º dia,
exatamente 8 horas após a 12ª injeção.
Interferentes:
Hemólise, icterícia ou lipemia. Descongelamentos repetidos.
Método:
Fluoroimunoensaio.
Interpretação:
A ação da gonadotrofina coriônica humana (GCH ou
HCG) é idêntica à do hormônio luteinizante da
hipófise (LH), estimulando as células intersticiais dos
testículos (células de Leydig) e provocando um
aumento da produção dos hormônios esteróides, no
caso, a testosterona.
A meia-vida (t½) biológica média da HCG é de 20
horas. As 12 injeções de 1.500 UI garantirão um nível
sangüíneo de mais de 4.000 UI, a partir da 7ª injeção
e aproximadamente de 4.500 UI na ocasião da coleta
da 2ª amostra.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TESTOSTERONA LIVRE
FREE TESTOSTERONE
CBHPM 4.07.12.50-8
AMB 28.05.077-0
Sinonímia:
Free testosterone. FTe. Testo L. Testo F.
Fisiologia:
17-ß-hidroxi-4-androsten-3-ona.
Fórmula molecular = C19H28O2
Massa molecular = 288,431 g/mol
A testosterona é transportada (~ 98 %) pela SHBG
(Globulina ligadora de hormônios sexuais) ou TeBG
(Globulina ligadora de testosterona e estradiol), pela
CBG (Globulina ligadora de corticosteróides ou
Transcortina) e pela Albumina.
A testosterona total está assim distribuída:
Testosterona ativa livre: ♂ 2 %, ♀1 %,
Testosterona inativa ligada à SHBG e à CBG:
♂ ~ 60 %, ♀~ 80 %,
Testosterona inativa ligada à albumina:
♂ ~ 38 %, ♀~ 19 %,
Testosterona biodisponível = testosterona livre +
testosterona ligada à albumina: ♂ ~ 40 %, ♀~ 20 %
A dosagem da testosterona total não é fidedigna, já
que com a idade a Testosterona biodisponível
(biologicamente ativa) diminui e a SHBG aumenta,
não refletindo, portanto, o real estado do paciente.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
0,5 ml de soro.
Informar sexo, idade, DUM e mês de gestação.
Armazenamento:
Conserva-se até 48 horas refrigerado entre +2 e +8ºC
Congelado a -20ºC conserva-se até 2 meses.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Não repetir descongelamentos do material.
Exames Afins:
Testosterona, Cortisol, LH, FSH, SHBG, Sulfato de Deidroepiandrosterona, Androstenediona.
Valor Normal:
Homens
Adultos
20 a 39 anos
40 a 59 anos
60 a 80 anos
Mulheres
Adultas
20 a 39 anos
40 a 59 anos
60 a 80 anos
Método I (DPC)
8,80 a 27,00 pg/ml
7,20 a 23,00 pg/ml
5,60 a 19,00 pg/ml
Método I (DPC)
até 2,57 pg/ml
até 2,03 pg/ml
até 1,55 pg/ml
Homens
Pré-púberes
Adultos
após 60 anos
Mulheres
Pré-púberes
Adultas
fase folicular
Fase lútea
Pós-menopausa
Contraceptivos
Método II (DSL)
0,01 a 8,68 pg/ml
8,69 a 54,69 pg/ml
8,69 a 24,60 pg/ml
Método II (DSL)
0,01 a 3,17 pg/ml
0,29 a 3,18 pg/ml
0,45 a 3,18 pg/ml
0,29 a 2,48 pg/ml
0,29 a 1,73 pg/ml
0,55 a 2,01 pg/ml
Segundo Quest Diagnostics:
Homens
Sangue cordão
1 a 10 dias
11 dias a 3 meses
4 e 5 meses
6 e 7 meses
8 a 11 meses
1 a 5 anos
6 a 9 anos
10 e 11 anos
12 a 14 anos
15 a 17 anos
18 anos em diante
Mulheres
Sangue cordão
1 a 10 dias
11 dias a 3 meses
4 e 5 meses
6 e 7 meses
8 a 11 meses
1 a 5 anos
6 a 9 anos
10 e 11 anos
12 a 14 anos
15 a 17 anos
18 anos em diante
Pós-menopausa
Método III (Quest)
3 a 19 pg/ml
até 24 pg/ml
5 a 21 pg/ml
até 14 pg/ml
até 4,0 pg/ml
até 0,9 pg/ml
até 0,6 pg/ml
0,1 a 3,2 pg/ml
0,6 a 5,7 pg/ml
1,4 a 156 pg/ml
80 a 159 pg/ml
50 a 210 pg/ml
Método III (Quest)
2 a 4 pg/ml
até 2,5 pg/ml
até 1,2 pg/ml
até 0,8 pg/ml
até 1,1 pg/ml
até 0,5 pg/ml
até 0,6 pg/ml
0,1 a 0,9 pg/ml
1,0 a 5,2 pg/ml
1,0 a 5,2 pg/ml
1,0 a 5,2 pg/ml
1,0 a 8,5 pg/ml
0,6 a 6,7 pg/ml
%
1,7 a 4,1
0,8 a 1,7
0,4 a 0,8
0,3 a 1,1
0,4 a 1,2
0,4 a 1,2
0,3 a 1,1
0,9 a 1,7
1,0 a 1,9
1,3 a 3,0
1,8 a 2,7
1,0 a 2,7
3,1 a 14,7
0,8 a 1,6
0,4 a 1,2
0,4 a 0,8
0,3 a 1,1
0,3 a 1,1
0,3 a 1,1
0,9 a 1,4
1,0 a 1,9
1,0 a 1,9
1,0 a 1,9
0,5 a 1,8
0,8 a 1,9
* Para obter valores em pmol/l, multiplicar os pg/ml por 3,46703 ** Para obter valores em ng/dl, multiplicar os pg/ml por 0,1
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Não administrar radioisótopos in vivoao paciente nas
24 horas precedentes à coleta.
Interferentes:
Hemólise, lipemia, icterícia.
Presença de radioisótopos circulantes.
Descongelamentos repetidos.
Agonistas LH-RH: Lupron® (Leuprolida), Trelstar®
(Triptorelina).
Método:
Radioimunoensaio com 125I.
Sensibilidade analítica = 0,18 pg/ml
Especificidade = 100 %
Interpretação:
Utilizado no diagnóstico de hipogonadismo no sexo
masculino e de hirsutismo no sexo feminino.
AUMENTO: ovários policísticos (S. de Stein-Leventhal), hipertecose, D. de Cushing, hiperplasia
adrenal congênita, resistência andrógena, hirsutismo,
acne, alopecia, sementerapia.
Fisiologicamente: gravidez, exercício, pós-prandial,
após refeições ricas em gorduras, obesidade
feminina, hemoconcentração, hiperatividade sexual
feminina com prolongado contato com sêmen.
DIMINUIÇÃO: hipogonadismo, deficiência
enzimática de P-450(c17)ase.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TESTOSTERONA TOTAL
CBHPM 4.07.12.51-6
AMB 28.05.069-0
Sinonímia:
Hormônio masculino. Andrógeno.
Dosagem da testosterona livre + testosterona ligada albumina + testosterona ligada à TeBG.
Fisiologia:
17-ß-hidroxi-4-androsten-3-ona.
Fórmula molecular = C19H28O2
Massa molecular = 288,431 g/mol
No homem é sintetizada pelas células intersticiais de
Leydig dos testículos sob mediação do ICSH
(Hormônio estimulante de células intersticiais) ou do
LH (Hormônio luteinizante), versão feminina do ICSH.
É responsável pelo desenvolvimento dos caracteres
sexuais secundários, como os órgãos sexuais
acessórios, próstata, vesículas seminais e o
crescimento de pêlos faciais, axilares e púbicos.
Na mulher, pode provir de três fontes. É secretada
em pequena quantidade pelas adrenais e pelos
ovários e em mulheres saudáveis, 50 a 60 % da
testosterona diária provêm do metabolismo periférico
de pré-hormônios, principalmente da
androstenediona.
TESTOSTERONA BIODISPONÍVEL:
A testosterona circula no plasma sob três formas:
livre, ligada à albumina (ligação fraca) e ligada à
TeBG (Testosterone Binding Globulin - ligação forte).
Testosterona biodisponível = testosterona livre +
testosterona ligada à albumina.
Ver o título Testosterona Livre.
CRONOBIOLOGIA:
No homem sua secreção sofre um ritmo nictemeral
(circadiano) com pico máximo durante a segunda
metade do período de sono e mínimo 2 horas antes
de adormecer. Varia de -40 a +30 % ao redor de
uma média no mesmo indivíduo, podendo reduzir-se
à quase à metade ou aumentar quase ao dobro NO
MESMO DIA.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro. Informar sexo, idade, DUM e mês de gestação, se for o caso.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 7 dias.
Congelar a -20ºC para até 2 meses.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Evitar descongelamentos repetidos.
Centrifugar após deixar coagular bem para prevenir a
presença de fibrina. O sangue de pacientes sob
terapia anticoagulante, deve ser deixado mais tempo
para garantir a desfibrinação do soro.
Exames Afins:
LH, FSH, SDHEA, Androstenediona.
Valor Normal:
Homens
Crianças
Até 6 dias
1 a 4 semanas
5 a 7 semanas
2 a 4 meses
5 a 11 meses
1 e 2 anos
3 anos
4 anos
5 anos
6 anos
7 anos
8 anos
9 anos
10 anos
11 anos
12 anos
13 anos
14 anos
15 anos
16 anos
17 a 21 anos
Adultos
a partir de 50 anos
Tanner I
Tanner II
Tanner III
Tanner IV
Tanner V
até 43,0 ng/dl
43,0 a 320,0 ng/dl
70,0 a 350,0 ng/dl
20,0 a 300,0 ng/dl
até 110,0 ng/dl
até 40,0 ng/dl
até 35,0 ng/dl
até 30,0 ng/dl
até 15,0 ng/dl
até 20,0 ng/dl
até 25,0 ng/dl
até 30,0 ng/dl
até 40,0 ng/dl
até 45,0 ng/dl
até 60,0 ng/dl
17,0 a 250,0 ng/dl
25,0 a 400,0 ng/dl
34,0 a 500,0 ng/dl
140,0 a 600,0 ng/dl
200,0 a 700,0 ng/dl
241,0 a 827,0 ng/dl
340,0 a 827,0 ng/dl
181,0 a 758,0 ng/dl
2,0 a 23,0 ng/dl
5,0 a 70,0 ng/dl
15,0 a 280,0 ng/dl
105,0 a 545,0 ng/dl
265,0 a 800,0 ng/dl
Mulheres
Crianças
Até 6 dias
1 a 4 semanas
5 a 7 semanas
2 a 11 meses
1 a 5 anos
6 anos
7 anos
8 anos
9 anos
10 anos
11 anos
12 anos
13 anos
14 anos
15 anos
16 anos
17 a 19 anos
20 anos
21 anos
22 anos
Adultas
Fase folicular
Fase ovulatória
Fase lútea
Anticonceptivos
Pós-menopausa
Tanner I
Tanner II
Tanner III
Tanner IV
Tanner V
até 43,0 ng/dl
até 30,0 ng/dl
até 50,0 ng/dl
até 20,0 ng/dl
até 20,0 ng/dl
até 25,0 ng/dl
até 30,0 ng/dl
15,0 a 35,0 ng/dl
20,0 a 40,0 ng/dl
20,0 a 45,0 ng/dl
20,0 a 50,0 ng/dl
25,0 a 60,0 ng/dl
30,0 a 70,0 ng/dl
30,0 a 85,0 ng/dl
30,0 a 100,0 ng/dl
35,0 a 100,0 ng/dl
40,0 a 100,0 ng/dl
30,0 a 100,0 ng/dl
25,0 a 100,0 ng/dl
20,0 a 119,0 ng/dl
15,0 a 119,0 ng/dl
15,0 a 73,0 ng/dl
65,0 a 119,0 ng/dl
15,0 a 73,0 ng/dl
54,0 a 71,0 ng/dl
49,0 a 102,0 ng/dl
2,0 a 10,0 ng/dl
5,0 a 30,0 ng/dl
10,0 a 30,0 ng/dl
15,0 a 40,0 ng/dl
10,0 a 40,0 ng/dl
Interferentes:
Fibrina. Anticorpos heterofílicos. Hemólise. Lipemia.
Icterícia.
Descongelamentos repetidos.
DROGAS:
Aumento: barbitúricos, cimetidina, clomifeno,
estrógenos, contraceptivos orais, rifampicina,
fenitoína. Diminuição: andrógenos, dietiletilbestrol, digoxina,
danazol, glicocorticóides, nafarelina, espironolactona,
tioridazina, fenotiazinas, canabinóides, cetoconazol; a
longo prazo: Agonistas LH-RH: Lupron®
(Leuprolida), Trelstar® (Triptorelina).
Método:
ECLIA - Eletroquimioluminescência. Oxidação de
ésteres da acridina.
Sensibilidade analítica: 15 ng/dl
Interpretação:
No sexo masculino é indicado na pesquisa do
desenvolvimento da puberdade e no hipogonadismo.
No sexo feminino tem indicação em casos de
hirsutismo e de virilização.
A testosterona sofre grandes variações circadianas.
Duplica seu valor próximo à ovulação. De um dia
para outro pode variar 10 a 20 %.
AUMENTO: puberdade precoce masculina,
resistência andrógena, testotoxicose, hiperplasia
adrenal congênita, ovários policísticos (S. de Stein-
Leventhal), tumores ovarianos.
Fisiologicamente: gravidez, exercício, pós-prandial,
após refeições ricas em gorduras, obesidade feminina
e hemoconcentração.
DIMINUIÇÃO: puberdade tardia masculina,
deficiência de gonadotropina, anormalidades
testiculares congênitas ou adquiridas, vasectomia,
moléstias sistêmicas.
Fisiologicamente: estresse, doenças agudas,
imobilizações, exercício exaustivo, obesidade
masculina, alcoolismo e cegueira.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.bioscience.org/atlases/clinical/chemist/pediatri.htm
TIOCIANATO
CIANETOS
CBHPM 4.03.13.27-1
AMB 28.15.024-4
Sinonímia:
Cianetos. CN. NaSCN. Tiocianeto de sódio. KSCN.
Tiocianeto de potássio. SCN-. Nitrilas alifáticas.
Fisiologia:
Entre outras ações tóxicas, os tiocianatos, assim
como outros ions poliatômicos, têm a propriedade de
inibir a captação de iodo pela tireóide, podendo, em
caso de significativo déficit de oferta de iodo, causar
o aparecimento de bócio.
A ordem de eficácia de ânions na inibição da
captação de iodo é:
ClO4- > SCN- > I- > NO3-
Esses produtos são empregados em metalurgia, na
eletroplatinagem, em praguicidas, extração de
minério, na indústria química, no tratamento e
limpeza de metais, fabricação de amônia, pintura de
telas e galvanoplastia.
Material Biológico:
Urina após exposição e soro.
Urina após exposição e soro.
20 ml de urina, soro e plasma.
Armazenamento:
Alíquota de 10 ml de urina, conservar em geladeira.
Exames Afins:
Carboxi-hemoglobina. Meta-hemoglobina.
Valor Normal:
Urina
IBMP §
IBMP §
Plasma ou Soro
Não-fumantes
até 4,0 mg/l
até 2,50 mg/g Creatinina
até 4,0 mg/l
até 6,00 mg/g Creatinina
0,5 a 2,5 mg/l
Fumantes
4,0 a 17,0 mg/l #
2,5 a 7,0 mg/l #
* mg/l = µg/ml ** Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/l por 0,0172
# Não retrata exposição ocupacional.
Interferentes:
Cigarro. Mandioca crua.
Método:
Espectrofotométrico.
Interpretação:
Este indicador biológico é capaz de indicar uma
exposição ambiental acima do Limite de Tolerância,
mas não possui, isoladamente, significado clínico ou
toxicológico próprio, ou seja, não indica doença, nem
está associado a um efeito ou disfunção de qualquer
sistema biológico.
§ Índice Biológico Máximo Permitido
Normal para não expostos:
Urina
Homens
Mulheres
Não-fumantes
até 1,56 mg/g Creatinina
até 2,29 mg/g Creatinina
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TIREOGLOBULINA
TG
CBHPM 4.07.12.53-2
AMB 28.05.080-0
Sinonímia:
TG. TGB. Tiroglobulina. hTG. Human ThyroGlobulin.
“hTG MONITOR” (só CRIESP).
Obs.: não confundir com TBG - Thyroxin Binding
Globulin - Globulina de Ligação de Tiroxina.
Fisiologia:
Iodoglicoproteína (iodoglobulina) com massa
molecular de aproximadamente 660 kDa. Sintetizada
nas células foliculares da glândula tireóide sob
influência da tireotropina (TSH), ela é armazenada no
colóide dos folículos da tireóide. É o constituinte
protéico majoritário da tireóide representando o
suporte macromolecular da síntese e da estocagem
da tiroxina e de outras iodotironinas. A iodação daTG
se faz sobre radicais tirosil. A digestão proteásica
intracelular da TG libera os hormônios tireoidianos
que se difundem então na circulação capilar junto
com ínfima quantidade da própria TG.
A TG circulante é depurada por endocitose no fígado
(células de Kupffer) e nos macrófagos atingindo os
endossomas após 5 minutos e acumulando-se nos
lisossomas após 60 minutos onde ocorre a sua
degradação completa com liberação extracelular de
tiroxina.
A taxa sérica de TG é conseqüente a três fatores
principais: 1 – a massa de tecido tireoidiano
diferenciado presente, 2 – qualquer inflamação ou
agressão à glândula tireóidea que causa liberação da
TG e 3 – o quanto os receptores de TSH são
estimulados por TSH, GCH ou TRAb.
Índice de Recuperação de Tireoglobulina: A presença de anticorpos anti-tireoglobulina pode
falsear para menos o resultado de uma determinação
de TG.
Há duas maneiras de se verificar este fato:
1º - determinar as UI/ml de Anticorpos anti-
tireoglobulina: se o resultado for abaixo de 40 UI/ml
ou indetectável, significa que a dosagem da TG está
correta.
2º - pelo método Elecsys Roche, dosa-se a TG duas
vezes: uma como Reagente de confirmação R3 e
outra semo Reagente de confirmação R3.
Depois aplica-se a fórmula:
onde: IRT = Índice de Recuperação de Tireoglobulina em % TGcom R3 = Dosagem da Tireglobulina como Reagente de confirmação R3, em ng/ml TGsemR3 = Dosagem da Tireoglobulina semo Reagente de confirmação R3, em ng/ml ConcR3 = Concentração do Reagente de confirmação R3, em ng/ml (informação no rótulo) Normal: IRT de 70 a 130 %
Material Biológico:
Soro ou plasma heparinizado.
Coleta:
1,0 ml de soro ou de plasma heparinizado.
Centrifugar o soro apenas após início da retração do
coágulo para prevenir a presença de fibrina. Se o(a)
paciente estiver em terapia anticoagulante, deixar
retrair o coágulo por mais tempo.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 e +8ºC para até 48
horas em tubos de vidro ou de polipropileno.
Para conservação até 2 meses, congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Evitar descongelamentos repetidos.
Exames Afins:
T3, T4, TSH.
Valor Normal:
Tireoglobulina ng/ml
3,00 a 78,00
1,40 a 20,00
até 10,00
até 2,00
Interpretação
Tireóide normal
Tireóide normal
Lobectomia tireóidea
Tireoidectomia total ou quase total
TSH µU/ml
0,34 a 4,82
até 0,100
até 0,100
até 0,100
Obs.: Em RN e durante o 3º trimestre de gravidez, os valores podem ser um pouco mais elevados. * ng/ml = µg/l
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Hemólise. Lipemia. Presença de fibrina.
Descongelamentos repetidos.
Plasma coletado com EDTA.
Presença de anticorpos antitireoglobulina.
Método:
ECLIA - Eletroquimioluminescência.
Interpretação:
A concentração elevada de TG sérica é um indicador
não-específico de disfunção tireóidea. A maioria dos
pacientes com TG alta sofrem de tireopatias
benignas. A TG pode ser utilizada como marcador
tumoral para câncer diferenciado (carcinomas) da
tireóide (CDT). Aproximadamente 2/3 desses
pacientes apresentam um nível de TG pré-operatório
elevado, o que confirma a habilidade do tumor de
secretá-la e o que valida o uso de sua medição como
marcador tumoral no pós-operatório de
tireoidectomia. Em contrapartida, se no pré-
operatório a TG não está elevada, não há nenhuma
evidência de que o tumor seja capaz de secretá-la e
taxas baixas de TG pós-operatórias não têm
significado nenhum.
Durante um monitoramento seriado da tireoglobulina,
para fins de comparação, ela deve ser determinada
sempre pelo mesmo método, mesmo reagente e
mesmo equipamento.
Na interpretação deste teste é preciso levar em conta
a possibilidade de anticorpos anti-tireoglobulina
estarem ligados à tireoglobulina causando dosagens
mais baixas desta última. Verificar esta possibilidade
pelo Índice de Recuperação.
AUMENTO: D. Basedow-Graves, bócio multinodular,
bócio endêmico, carcinomas papilar e folicular da
tireóide, tireoidites, D. de Hashimoto,
hipertireoidismo TSH-dependente, gravidez, após
citopunção (PAAF) da tireóide, após forte palpação
ou traumatismo da glândula.
DIMINUIÇÃO: tireoidectomia parcial, aplasia
tireóidea, defeito de síntese da tireoglobulina,
hormonoterapia tireóidea exógena.
INDETECTÁVEL: tireoidectomia radical.
QUADRO DE APLICAÇÕES ONCOLÓGICAS
ÓRGÃO-ALVO:
Avaliação da terapêutica
Monitoramento
Prognóstico
Metátases
Diagnóstico
“Screening”
TU DIFERENCIADO TIREÓIDE
+
++++
++++
+
-
-
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TOPIRAMATO
TOPAMAX®
CBHPM 4.03.01.
AMB 28.01.166-0
Sinonímia:
Topamax®.
Sulfamato de 2,3:4,5-di-o-isopropilideno-ß-D-frutopiranose
Fisiologia:
Monossacarídeo com substituição sulfamato.
Antidepressivo e anticonvulsivante empregado no
tratamento de crises tonicoclônicas generalizadas, da
epilepsia parcial, na S. de Lennox-Gastaut em
crianças e na profilaxia da enxaqueca.
Fórmula molecular = C12H21NO8
Massa molecular = 339,37 g/mol
Meia-vida (t½) biológica:
Adultos: 21 horas
Ligação a proteínas plasmáticas: 15 a 41 %
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
2,0 ml de soro.
Para avaliar o “pico” coletar a amostra 2 a 4 horas
horas apósa administração da dose.
Para avaliar o “vale” coletar a amostra 30 a 60
minutos antesda administração da próxima dose.
Não coletar em tubos com gel separador!
Armazenamento:
Transportar à temperatura ambiente.
Exames afins:
Não há.
Valor “Normal”:
TOPAMAX
Dose diária:
100 mg
200 mg
400 mg
“PICO”
6,5 a 9,2 µg/ml
12,0 a 16,0 µg/ml
20,0 a 30,0 µg/ml
“VALE”
4,5 a 6,6 µg/ml
8,0 a 12,0 µg/ml
14,0 a 20,0 µg/ml
* µg/ml = mg/l ** Para obter valores em µmol/l, multiplicar os µg/ml por 2,9466
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
QUESTIONÁRIO PARA O PACIENTE:
1) Nome do paciente
2) Idade, sexo, altura e peso corporal
3) Medicação utilizada (nome comercial)
4) Concentração usada
5) Quando iniciou o uso da medicação
6) Horário em que tomou a última dose
7) Horário da coleta
Interferentes:
Gel separador. Hemólise. Lipemia.
Método:
Imunoensaio de Polarização Fluorescente.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.healthyplace.com/medications/topamax.asp
TOXOCARA - IgG e IgM
LARVA MIGRANS VISCERAL
CBHPM 4.03.07.79-4
CBHPM 4.03.07.80-8
AMB 28.06.157-8
Sinonímia:
Toxocara canis. Toxocara cati. Sorologia para
Toxocaríase. Larva migrans visceral.
Não confundir com larva migrans cutânea (bicho
geográfico, dermatite serpiginosa) causada por
ancilostomídeos de cão e gato: Ancylostoma
braziliense e Ancylostoma caninum. Alguns autores
também consideram Uncinaria stenocephala,
Gnathostoma spinigerum e Bunostomum
phlebotomum como agentes causais.
Larva migrans ocular: Baylisascaris procyonis
(América do Norte).
Fisiologia:
Taxonomia: Reino Eukaryotae, Sub-reino Metazoa,
Filo Nematoda, Classe Secernentea, Ordem
Ascaridida, Gênero Toxocara, Espécies canis e cati.
A Toxocaríase humana é uma zoonose que ocorre
por ingestão acidental de ovos embrionados de
Toxocara canisou cati, oriundos de solo contaminado
2 a 5 semanas antes por fezes de cão ou gato.
A infestação se faz por geofagia (vetor
terra→mão→boca) e por vegetais comestíveis.
Portanto, a infestação não ocorre por fezes frescas.
Além do mais, a infestação humana não é
transmissível a outros humanos. Os ovos liberam as
larvas no intestino humano e então iniciam a
migração e disseminação através de tecidos diversos.
Por isso o quadro é chamado de "larva migrans
visceral ou ocular" (LMV, VLM, LMO, OLM).
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Evitar descongelamentos repetidos.
Exames Afins:
Hemograma.
Valor Normal:
Índice IgG ou IgM
Até 0,899
0,900 a 1,100
Acima de 1,100
Interpretação
Não reagente ou Negativo
“borderline” ou Suspeito
Reagente ou Positivo
Cálculo do Índice:
onde: D.O.pac = Densidade óptica da amostra do paciente D.O.cut-off = Densidade óptica do cut-off do kit
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
ELISA.
Interpretação:
Diagnóstico de toxocaríase. Pesquisa-se o anticorpo
IgG anti-Toxocara canis.
Um resultado Negativo significa que o paciente não
tem nível detectável de anticorpos, seja por não ter a
infestação, seja por fraca resposta imune.
Um resultado Positivo deve ser interpretado à luz do
quadro clínico e epidemiológico: acompanhado de
eosinofilia considerável (> a 20 %) fala a favor de
toxocaríase, enquanto que com eosinofilia pequena
(< a 20%) pode ser causado por Ascaris
lumbricoides.
IgM anti-Toxocara canis positiva-se por curto
período de tempo após a 1ª semana da infestação e
até o fim da 4ª ou 5ª semana. A partir da 6ª semana
negativa-se.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Toxocariasis_il.htm
TOXOPLASMOSE IgG
CBHPM 4.03.07.82-4
AMB 28.06.149-7
Sinonímia:
Reação de Sabin-Feldman. Toxoplasma gondii.
Fisiologia:
Taxonomia: Reino Eukaryotae, Sub-reino Protozoa,
Filo Apicomplexa, Classe Sporozoea, Subclasse
Coccidia, Ordem Eucoccidiida, Subordem Eimeriina,
Família Sarcocystidae, Subfamília Toxoplasmatinae,
Gênero Toxoplasma, Espécie gondii.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
2,0 ml de soro.
Armazenamento:
Congelar a amostra a –20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Sorologia para Citomegalovírus e Epstein-Barr.
Valor Normal:
Inferior a 13,5 UI/ml
De 13,5 a 16,5 UI/ml
Superior a 16,5 UI/ml
Transformação de UI/ml de
ELISA em títulos de imunofluorescência
Não reagente (ausência de imunidade)
Indeterminado (sugere-se nova coleta após 7 dias)
Reagente (imunidade, doença ativa ou início de soroconversão)
ver adiante
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
EIA – Enzimaimunoensaio.
Sensibilidade = 99,6 % = 0,4 % falso-negativos
Especificidade = 99,3 % = 0,7 % falso-positivos
Interpretação:
Diagnóstico e acompanhamento de paciente com
toxoplasmose. A presença de IgG indica imunidade
ou exposição prévia ao Toxoplasma gondiie persiste
por toda a vida na maioria das pessoas. A
Toxoplasmose também é chamada de “Doença da
caixa de areia”.
As unidades UI/ml do método ELISA podem ser
transformadas no denominador estimado do título da
imunofluorescência pela equação:
e vice-versa com a equação:
onde: Título = denominador do título UI = Unidades Internacionais/ml r² = 0,984 (coeficiente de determinação)
Equações semelhantes foram observadas por Camargo, M.E. para o equipamento Vidas e por CARVALHO, N.R. e outros para o AxSym.
PREVENÇÃO DA TOXOPLASMOSE-INFESTAÇÃO.
MEDIDAS A SEREM OBSERVADAS POR
GESTANTES NÃO-IMUNES
(IgG inferior a 13,5 UI/ml):
1 - Lavar muito bem frutas e vegetais a serem
consumidos crus.
2 - Cozinhar ou fritar carne de boi, porco, carneiro,
cabrito e aves até estarem bem passados ou bem
cozidos.
3 - Impedir o acesso de baratas, moscas e outros
insetos aos alimentos.
4 - Lavar as mãos e utensílios de cozinha,
imediatamente após contato com carnes e aves cruas
ou frutas e vegetais não lavados.
5 - Evitar tocar a boca e/ou os olhos enquanto estiver
manipulando carnes, aves, frutas e vegetais.
6 - Evitar contato com gatos, objetos e locais que
possam estar contaminados com pêlos ou fezes. Se
inevitável, usar luvas.
7 - Usar luvas ao praticar jardinagem ou ao mexer
com terra.
8 - Desinfetar a "roupa de cama" do gato, fervendo-a
durante 5 min em água comum. Trocar a areia ou o
granulado da caixa sanitária com freqüência. Este
serviço deve ser feito por outra pessoa e com luvas.
9 - Alimentar os gatos com ração comercial.
10 - Evitar, se possível, visitas a pessoas que têm
gatos, principalmente se os animais viverem livres
dentro e fora de casa e se forem “caçadores”.
11 - Uma pesquisa de oocistos nas fezes de
determinado gato, pode eventualmente excluí-lo ou
confirmá-lo como transmissor da toxoplasmose.
Obs.: Gatos velhos geralmente apresentam imunidade e podem já não mais ser transmissores.
Imunofluorescência:
Toxo (+) 100X
Anticorpos anti Toxoplasma gondii, agente etiológico da toxoplasmose.
O substrato antigênico utilizado é uma suspensão deToxoplasma
gondii. Se observa fluorescência em toda a membrana do parasito de
forma intensa e contínua.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Toxoplasmosis_il.htm
TOXOPLASMOSE IgM
CBHPM 4.03.07.83-2
AMB 28.06.149-7
Sinonímia:
Reação de Sabin-Feldman. Toxoplasma gondii.
Fisiologia:
Taxonomia: Reino Eukaryotae, Sub-reino Protozoa,
Filo Apicomplexa, Classe Sporozoea, Subclasse
Coccidia, Ordem Eucoccidiida, Subordem Eimeriina,
Família Sarcocystidae, Subfamília Toxoplasmatinae,
Gênero Toxoplasma, Espécie gondii.
O risco de uma gestante transmitir a infecção ao feto
é de 25 % no 1º trimestre da gravidez e aumenta até
± 65 % no 3º trimestre.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
2,0 ml de soro.
Armazenamento:
Congelar a amostra a –20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Sorologia para Citomegalovírus e Epstein-Barr.
Valor Normal:
até 0,899
0,900 a 1,100
acima 1,100
Não reagente
“borderline”
Reagente
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Método:
ELISA.
Sensibilidade = 99,4 % = 0,6 % falso-negativos
Especificidade = 99,9 % = 0,1 % falso-positivos
Interpretação:
Útil no diagnóstico da toxoplasmose aguda ou
recente. A presença de anticorpos de classe IgM anti-
Toxoplasma gondiié sugestiva de doença aguda ou
recente.
Toxoplasmose também é chamada de “Doença da
caixa de areia”.
Obs.: a alta sensibilidade do método ELISA faz com
que sejam detectados títulos ínfimos de IgM
causando, após a fase aguda, resultados "Reagentes"
durante muito mais tempo (às vezes, até 6 anos) do
que se está habituado com outros métodos.
Em casos de títulos baixos de IgM pode-se avaliar se
correspondem a título inicial de fase aguda ou a título
residual de infestação pregressa (antiga)
determinando-se a avidez das IgG.
Recentemente foi lançado no mercado um kit ELISA
da KATAL: Anti-GIPL, Anti-GlicoInositolFosfoLípide,
da membrana de taquizoítas de Toxoplasma gondii
que quase não apresenta resultados falso-positivos,
prestando-se como contra-prova nos casos de
resultados Reagentes de outros kits ELISA IgM.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.cdfound.to.it/HTML/tox1.htm
TOXOPLASMOSE, AVIDEZ DE IgG
AVIDEZ DE IgG – TOXOPLASMOSE
CBHPM 4.03.06.46-1
Sinonímia:
Avidez de IgG anti-toxoplasma.
Fisiologia:
Quanto mais recentes forem os anticorpos IgG
produzidos, menos avidez terão pelo Toxoplasma
gondii e mais recente será a infestação. A
positividade dos anticorpos IgM pode perdurar por
anos após a infestação, não servindo para
cronometrar a idade da infestação, informação
importante, por exemplo, durante uma gravidez. A
medida da avidez dos anticorpos IgG serve para
suprir esta lacuna diagnóstica.
Resposta humoral aos antígenos timodependentes.
Resposta primária
Após a estimulação antigênica por um antígeno
timodependente, observa-se, após uma fase de
latência variável (de alguns dias a algumas semanas),
o aparecimento de IgM, depois de IgG e finalmente
de IgA. As IgM não são mais detectáveis no fim de
algumas semanas, enquanto que as IgG persistem,
mesmo se a sua concentração diminui com o tempo.
Para desencadear essa resposta primária, as IgG
sintetizadas têm uma fraca afinidade e baixa avidez
pelo antígeno.
Definições:
Afinidade (afinidade intrínseca) se refere às forças
de ligação entre um dado epitopo (componente da
estrutura molecular de um antígeno que se combina
com a paratopo deste, e que constitui o determinante
antigênico) e o anticorpo monoclonal
correspondente.
Avidez (afinidade funcional) se refere às forças de
ligação entre um antígeno multivalente e os
anticorpos policlonais correspondentes.
Resposta secundária
Quando ocorre uma nova estimulação antigênica
(reinfecção, reativação) por um antígeno
timodependente, um certo número de fenômenos são
produzidos:
* síntese de anticorpos, sem fase de latência,
estimulada por doses mais fracas do antígeno do que
na resposta primária.
* aumento importante da concentração das IgG (e,
geralmente, das IgA),
* síntese de IgM em pequena concentração.
Conforme a estimulação policlonal do sistema
imunitário (por exemplo, gravidez) dos indivíduos e
dependente da técnica utilizada, essas IgM são
detectadas inconstantemente.
Essa resposta secundária está ligada à geração de
linfócitos T e B-memória.
Material Biológico:
Soro ou plasma.
Coleta:
1,0 ml de soro ou plasma.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC durante até 2 dias.
Congelar a -20ºC por até 10 dias.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Atenção para não efetuar descongelamentos
repetidos.
Exames Afins:
Toxoplasmose IgG, toxoplasmose IgM, toxoplasmose PCR.
Valor Normal:
Índice de avidez
0,0 a 19,9 %
20,0 a 30,0 %
acima 30,0 %
baixa avidez
média avidez
alta avidez
Interpretação
infestação nos últimos 3 meses
prazo de infestação indeterminável
infestação há mais de 3 meses
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Lipemia, hemólise e presença de filamentos de fibrina. Descongelamentos repetidos.
Método:
TOXOPLASMA IgG AVIDITY EIA WELL.
LIKELIHOOD RATIO.
TABELA LR. – Toxoplasmose recente.
Teste
AVIDEZ < 20,0 %
SENS (%)
89,0
ESPEC (%)
90,0
LR+ (%)
8,9
LR- (%)
0,12
Sensibilidade = 89 % = 11 % falso-negativos
Especificidade = 90 % = 10 % falso-positivos
Interpretação:
A medida da avidez de IgG é útil na determinação do tempo de infestação durante a gravidez para nortear
o tratamento preventivo da toxoplasmose congênita.
Baixa avidez = infestação com menos de 3 meses enquanto que
Alta avidez = infestação com mais de 3 meses.
CHANCE DO ACOMETIMENTO FETAL:
INFECÇÃO FETAL (MÊS)
1
2
3
4
5
CHANCE DO ACOMETIMENTO (%)
10 a 40
20 a 25
10 a 20
6 a 7
0,5 a 1
O risco percentual de má-formação pode ser
calculado aplicando-se a equação (aplicável até 164
dias de gestação):
Risco% = 86,3 - (16,93 × LNdias)
onde: Risco% = Risco percentual de má-formação dias = número de dias de gestação na ocasião da infestação LN = Logaritmo Natural r² = 0,988 (coeficiente de determinação)
Obs.: A toxoplasmose é tão mais grave para o feto,
quanto mais precocemente adquirida durante a
gravidez. A partir do sétimo mês de gestação, a
gravidade da infestação praticamente desaparece.
Quando adquirida no primeiro mês geralmente ocorre
aborto espontâneo. Adquirida no segundo mês causa
más-formações (microcefalia, hidrocefalia,
coriorretinite congênita, idiotia ou retardamento
mental) mas a criança consegue nascer viva. A partir
do terceiro mês não há mais más-formações
evidentes, mas a criança nasce soro-positiva (IgM
e/ou IgA) para toxoplasmose.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/ICTVdb
http://www.kb.u-psud.fr/niveau2/enseignements/niveau3/etudmed/cours-immunologie/cours/cours5.htm
TOXOPLASMOSE, DETECÇÃO PCR
CBHPM 4.03.14.22-7
AMB 28.17.022-9/99
Sinonímia:
Taxonomia: ver em Toxoplasmose IgG.
Material Biológico:
Sangue total.
Coleta:
Coletar e enviar o material em tubo estéril.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC e enviar em até 48 horas.
Exames Afins:
Toxo IgG e IgM.
Valor Normal:
Negativo ou Não reagente
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Coleta contaminada.
Método:
Reação em cadeia da polimerase.
Interpretação:
Diagnóstico da infecção aguda pelo Toxoplasma
gondii quando a sorologia é duvidosa.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TRANSAMINASE GLUTÂMICO OXALACÉTICA
TGO
CBHPM 4.03.02.50-4
AMB 28.01.136-8
Sinonímia:
TGO. GOT. SGOT. AST. Aspartato aminotransferase.
Aspartato transaminase. Transaminase glutâmico-aspártica.
L-aspartato:2-oxoglutarato aminotransferase
EC 2.6.1.1
Fisiologia:
Reação:
L-aspartato + 2-oxoglutarato →oxaloacetato + L-
glutamato
1 U/l converte 1,0 µmol de α-cetoglutarato a
L-glutamato por minuto em pH 7,5 a 37ºC, na
presença de ácido L-aspártico.
A TGO é encontrada nas mitocôndrias e nos
microssomas (citoplasma) de células hepáticas,
epidérmicas, cardíacas, músculo-esqueléticas,
pancreáticas e renais. As suas isoenzimas são
encontradas no plasma e em concentrações 8 vezes
maiores nos eritrócitos. Agentes como o etanol que
induzem à necrose mitocondrial dos hepatócitos,
liberam a isoenzima m-AST. As hepatites virais
costumam liberar apenas a isoenzima AST
microssomal, embora nas hepatites virais fulminantes
possa ocorrer necrose mitocondrial similar à da
hepatite alcoólica.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
TGP, CPK, Bilirrubinas, DHL, γ-GT.
Valor Normal:
Normal de 15 a 37 U/l
Obs.: A faixa de normalidade calculada pelo Autor para a população de São Paulo é de 12 a 25 U/l.
* Para obter valores em µkat/l, dividir as U/l por 60 ** meia-vida (t½) biológica média desta enzima = 17 horas
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Hemólise.
Método:
Cinético UV a +37ºC, automatizado.
Interpretação:
AUMENTO: recém-nascidos, infarto do miocárdio,
infarto mesentérico, infarto cerebral, necrose de
músculos esqueléticos, necrose renal, infarto
pulmonar, hepatite aguda, mononucleose infecciosa,
infiltração hepática por linfoma e leucemia, icterícia
obstrutiva com colangite, cirrose hepática,
hepatomas, pancreatite aguda, hemólise, tuberculose
hematogênica, choque, distrofia muscular pseudo-hipertrófica, dermatomiosite.
DIMINUIÇÃO: má nutricão, deficiência de
piridoxina (vitamina B
6), contraceptivos orais, falência
renal com hemodiálise.
A atividade mínima de uma 2ª determinação desta enzima pode ser obtida aplicando a equação: AEMi = Atian × e (-0,0408×h)
onde: AEMi = Atividade Enzimática Mínima (atual) Atian = Atividade anterior e = número "e" h = horas decorridas entre as duas coletas de sangue.
Se a 2ª determinação der um resultado menor que a AEMi, uma das duas determinações está incorreta ou não é do mesmo paciente.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme/EC2/6/1/1.html
TRANSAMINASE GLUTÂMICO PIRÚVICA
TGP
CBHPM 4.03.02.51-2
AMB 28.01.137-6
Sinonímia:
TGP. GPT. SGPT. ALT. Alanina aminotransferase.
Alanina transaminase. Transaminase glutâmico-
alanina.
L-alanina:2-oxoglutarato aminotransferase.
EC 2.6.1.2
Fisiologia:
Reação:
L-alanina + 2-oxoglutarato →piruvato + L-glutamato
1 U/l converte 1,0 µmol de α-cetoglutarato em
L-glutamato por minuto em pH 7,6 a +37ºC na
presença de L-alanina.
A TGP é encontrada nos microssomas (citoplasma)
das células hepáticas e em menor quantidade nas
células renais e músculo-esqueléticas. Apenas uma
isoenzima é encontrada no plasma. A sua
concentração nos eritrócitos é 4 vezes maior do que
no soro.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
TGO, Bilirrubinas, γ-GT, DHL.
Valor Normal:
Normal de 30 a 65 U/l
Obs.: A faixa de normalidade calculada pelo Autor
para a população de São Paulo é de 20 a 44 U/l. * Para obter valores em µkat/l, dividir as U/l por 60 ** meia-vida (t½) biológica média desta enzima = 47 horas
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Hemólise.
Método:
Cinético UV a +37ºC, automatizado.
Interpretação:
AUMENTO: hepatite aguda, cirrose hepática,
hepatoma secundário, icterícia obstrutiva, congestão
hepática, infarto do miocárdio, pancreatite aguda.
DIMINUIÇÃO: má nutrição, deficiência de
piridoxina (vitamina B6), contraceptivos orais, falência
renal com hemodiálise.
A atividade mínima de uma 2ª determinação desta enzima pode ser obtida aplicando a equação: AEMi = Atian × e (-0,0147×h)
onde: AEMi = Atividade Enzimática Mínima (atual) Atian = Atividade anterior e = número "e" h = horas decorridas entre as duas coletas de sangue.
Se a 2ª determinação der um resultado menor que a AEMi, uma das duas determinações está incorreta ou não é do mesmo paciente.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme/EC2/6/1/2.html
TRANSFERRINA
SIDEROFILINA
CBHPM 4.03.02.52-0
AMB 28.01.138-4
Sinonímia:
Siderofilina. Ferrotransferrina.
Apotransferrina = transferrina sem ferro.
Fisiologia:
Proteína transportadora de Ferro não-heme, com
gene no cromossomo 3.
ß-1 glicoproteína formada por 679 aminoácidos em 2
cadeias polipeptídicas apresentando 2 sites A e B,
respectivamente C-terminal, de alta afinidade e
N-terminal, de baixa afinidade ao Ferro. O Fe++ é absorvido no duodeno e na primeira parte
do jejuno por receptores específicos da membrana
celular sob mediação da apotransferrina do citosol.
Ali é oxidado pela ceruloplasmina (endoxidase I, ferro
oxidase I e II) a Fe+++, e é captado pela
apotransferrina que então passa a se chamar
transferrina ou ferrotransferrina.
Uma molécula de transferrina fixa até 2 átomos de
Ferro+++ com bicarbonato, podendo se apresentar
sob 3 formas: com 1 Fe no C-terminal, com 1 Fe no
N-terminal ou com 2 Fe.
No citosol, as vesículas revestidas de uma proteína
chamada clatrina contendo a transferrina, se fundem
umas com as outras formando endossomos que
separam o Fe+++ depositando-o na ferritina e
devolvendo a apoferritina ao meio extracelular.
Todos os tecidos e células possuem receptores
específicos para a transferrina através dos quais
regulam a captação do ferro conforme suas
necessidades, mas a concentração desses receptores
é máxima nos eritroblastos (80 % dos receptores
totais do organismo).
O suprimento e o estoque de ferro no organismo são
regulados por três proteínas principais: a transferrina,
receptor solúvel de transferrina (sTfR) e ferritina.
Massa molecular = 76 a 81 kDa.
Em média, 80.015 Da, assim, 80.015 µg de
transferrina (proteína) transportam até 111,69 µg de
ferro. Portanto, 716,4 µg ou 0,7164 mg de
transferrina transportam 1 µg de ferro e 1,3959 µg
de ferro são transportados por 1 mg de transferrina.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
2,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8 ºC
Exames Afins:
Ferro, Ferritina, IgA,
Índice de saturação da transferrina (TIBC).
Relação IgA/Transferrina
Valor Normal:
IDADE
1 dia
2 dias
3 dias
4 dias
5 dias
6 dias
7 a 13 dias
14 a 21 dias
22 dias e 3 meses
4 e 5 meses
6 a 11 meses
1 e 2 anos
3 e 4 anos
5 a 8 anos
9 a 11 anos
Tabela abaixo
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 74 anos
≥ a 75 anos
AMBOS OS SEXOS
135 a 216 mg/dl
134 a 214 mg/dl
131 a 209 mg/dl
129 a 206 mg/dl
128 a 205 mg/dl
126 a 202 mg/dl
122 a 194 mg/dl
127 a 203 mg/dl
140 a 223 mg/dl
219 a 350 mg/dl
221 a 353 mg/dl
219 a 350 mg/dl
206 a 329 mg/dl
188 a 300 mg/dl
190 a 304 mg/dl
179 a 287 mg/dl
177 a 283 mg/dl
173 a 277 mg/dl
170 a 272 mg/dl
168 a 269 mg/dl
IDADE
12 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
HOMENS
200 a 320 mg/dl
195 a 312 mg/dl
177 a 283 mg/dl
172 a 275 mg/dl
177 a 283 mg/dl
178 a 284 mg/dl
179 a 287 mg/dl
179 a 287 mg/dl
MULHERES
192 a 307 mg/dl
190 a 304 mg/dl
192 a 307 mg/dl
191 a 305 mg/dl
190 a 304 mg/dl
188 a 301 mg/dl
186 a 298 mg/dl
183 a 293 mg/dl
* Para obter valores em µg/dl de ferro ligados na transferrina saturada, multiplicar os mg/dl por 1,3959 ** Para obter valores em g/l, multiplicar os mg/dl por 0,01 *** Para obter valores em µmol/l, multplicar os mg/dl por 0,125 **** Para obter valores em IU/ml, multiplicar os mg/dl por 0,408
Método:
Imunoturbidimetria automatizada. Nefelometria.
Interpretação:
Útil na avaliação do metabolismo do ferro e do
estado nutricional protéico.
AUMENTO: 3º trimestre da gravidez, contraceptivos
orais, hemorragias, carência marcial, anemias
hipocrômicas e microcíticas, policitemia, hepatite
aguda.
DIMINUIÇÃO: anemia perniciosa, talassemia,
anemia falciforme, hemocromatose idiopática ou
secundária (pós-transfusionais, cirrose), processos
inflamatórios, infecções crônicas, câncer, S. nefrótica,
carência protéica, insuficiência hepática.
Cuidado: na presença simultânea de uma condição
que aumenta a transferrina e de outra que a diminui,
a resultante pode ser “transferrina normal”.
RELAÇÃO IgA/TRANSFERRINA
A relação IgA/transferrina é útil ao diagnóstico e
prognóstico das afecções cirróticas.
TRANSFERRINA VERSUS FERRITINA
Pode-se estimar a taxa de Ferritina a partir da de Transferrina pela equação:
onde: Ferritina = em ng/ml Transferrina = em mg/dl
FERRO SÉRICO VERSUS TRANSFERRINA
Entre a taxa de Ferro sérico e a taxa de Transferrina
ocorre um mecanismo biorregulador central que
obedece a uma equação potencial do tipo:
onde: y = Transferrina em mg/dl x = Ferro sérico em µg/dl a = 847,88 b = -0,3016 r² = 0,9787
ou
Esta equação, inserida no programa do computador e
estabelecidos limites a critério do controle de
qualidade do laboratório, se presta a separar pares
de dados possivelmente discrepantes e merecedores
de uma análise mais detalhada.
Não se aplica a pacientes de hemodiálise.
TRANSFERRINA DEFICIENTE EM CARBOIDRATOS
A CDTou TDC– Transferrina Deficiente em
Carboidratos, determinada por testes como o
CDTect(Pharmacia e Upjohn) é modernamente
aceita como um valioso marcador para detecção de
alcoolismo crônico.
Normal:
♂ até 20,0 U/l
♀ até 26,0 U/l
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TREPONEMA PALLIDUM
CANCRO DURO
CBHPM 4.03.10.34-5
AMB 28.10.051-4
Sinonímia:
Treponema pallidum. II Doença venérea.
Cancro duro.
Denominações antigas: Vibrio lineola, Spirochaeta
refringens, Treponema refringens, Spirochaeta
pallida.
Sífilis: do grego sys ou sus = porco + philein = amar
significando “amor sujo ou imundo”.
Lues: do latim = praga, pestilência, epidemia,
corrupção.
Fisiologia:
Taxonomia: Reino Prokaryotae, Filo Bacteria
(Eubacteria), Classe Spirochaetes, Ordem
Spirochaetales, Família Spirochaetaceae, Gênero
Treponema, Espécie pallidum, Subespécie pallidum.
Material Biológico e Coleta:
Efetuar limpeza prévia da lesão ulcerosa (cancro
duro) com soro fisiológico. Em seguida, raspar o
fundo da lesão para coletar material transparente
(linfa) e fazer 2 esfregaços em lâmina de vidro.
Armazenamento:
Conservar à temperatura ambiente.
Exames Afins:
Pesquisa de Treponema em campo escuro, VDRL,
Reação Sorológica para Sifílis, FTA-Abs.
Valor Normal:
Ausente
Preparo do Paciente:
Não usar cremes ou pomadas com antibiótico por pelo menos 48 horas antes da coleta do material.
Interferentes:
Uso de cremes, pomadas e antibioticoterapia sistêmica.
Método:
Coloração de Fontana-Tribondeau (impregnação argêntica) ou microscopia de campo escuro.
Interpretação:
Teste útil no diagnóstico do Cancro duro (Sífilis primária ou secundária).
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://xoomer.virgilio.it/medicine/pathobacteria.htm
TRIAGEM PRÉ-NATAL
RISCO FETAL
CBHPM 4.05.02.13-9
CBHPM 4.05.02.14-7
CBHPM 4.05.02.15-5
CBHPM 4.05.02.001-5* excluído da 4ª edição
Sinonímia:
Risco fetal. Free ß Screen. Triagem pré-natal para
Trissomia do cromossomo 21, Espinha bífida e
Anencefalia. Triagem ß-GCH Livre e α-fetoproteína.
Triagem pré-natal para S. de Down (Mongolismo),
Spina Bifida e Anencefalia. Teste duplo. Teste triplo.
Teste quádruplo.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
2,0 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
ß-GCH. ß-GCH Livre. α-fetoproteína. Estriol livre ou
não-conjugado. Inibina-A. Ultra-som. Cariótipo. Vilo
corial.
Valor Normal:
Laudo explicativo com os cálculos de probabilidade
Preparo do Paciente:
INDISPENSÁVEL PARA A COMPUTAÇÃO DO RISCO
FETAL!
Informar:
Idade da gestante em anos completos.
Peso da gestante em kg.
Idade gestacional em semanas e dias.
Gestação gemelar? (sim ou não).
Método:
São dosados 2, 3 ou 4 parâmetros no soro materno
coletado entre a 12ª e a 14ª semana de gestação:
ß-GCH ou ß-GCH LIVRE, estriol não-conjugado,
α-fetoproteína e inibina-A.
Os resultados são depois computados com os demais
dados (idade e peso da paciente, idade gestacional e
informação sobre gemelaridade) obtendo-se a
probabilidade de existir trissomia do cromossomo 21,
espinha bífida ou anencefalia.
Interpretação:
Calcula a probabilidade do feto apresentar trissomia do cromossomo 21, espinha bífida ou anencefalia.
Obs.: esses resultados são meras especulações
estatísticas e probabilísticas. Nenhuma conduta
drástica deve ser tomada sem a confirmação com
outros exames patognomônicos.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TRICHOMONAS TENAX e ENTAMOEBA GINGIVALIS
TRICOMONAS
CBHPM 4.03.03.06-3
AMB 28.03.008-7
Sinonímia:
Trichomonas tenax. Tricomoníase oral Pesquisa de
protozoários orais. Tetratrichomonas buccalis.
Entamoeba gingivalis
Fisiologia:
Taxonomia:
Trichomonas tenax: Super-reino Animalia, Reino Eukaryotae, Sub-reino
Protozoa, Sub-filo Mastigophora, Sub-classe
Parabasalidea, Ordem Parabasalida/Ordem
Trichomonadida, Família Trichomonadidae, Gênero
Trichomonas, Espécie tenax.
O Trichomonas tenaxé um protozoário flagelado,
comensal, com ampla distribuição geográfica,
habitando a cavidade bucal do homem. O trofozoíto é
elipsóide, ovóide ou piriforme . A estrutura deste
parasito é semelhante á estrutura do Trichomonas
vaginalis, apresentando quatro flagelos anteriores.
O diagnostico é realizado pela pesquisa do organismo
no tártaro dos dentes, na goma de mascar ou nas
criptas das amígdalas.
Entamoeba gingivalis:
Super-reino Animalia, Reino Eukaryotae, Sub-reino
Protozoa, Filo Sarcomastigophora, Subfilo Sarcodina,
Superclasse Rhizopoda, Classe Lobosea, Subclasse
Gymnamoeba, Ordem Amoebida, Subordem
Tubulina, Família Entamoebidae, Gênero Entamoeba,
Espécie gingivalis.
A Entamoeba gingivalisé uma ameba de distribuição
cosmopolita. É encontrada no tártaro dentário e em
resíduos associados com tecidos gengivais na boca.
Há ligeiras indicações de sua patogenicidade porque
é encontradiça em pacientes com más condições de
saúde bucal. Os seus vacúolos alimentares podem
conter células epiteliais, leucócitosa e ocasionalmente
hemácias. Não forma cistos e é transmitida
diretamente através do beijo ou indiretamente por
alimentos contaminados por trofozoítas.
Material Biológico:
Cálculo dentário, placa subgengival, caseo amigdaliano, goma de mascar.
Coleta:
Aplicar o material coletado sobre lâmina com 1 ou 2 gotas de soro fisiológico e cobrir com lamínula.
Pesquisar trofozoítas imediatamente ao microscópio.
Normal:
Pesquisa negativa.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TRICHOMONAS VAGINALIS
TRICOMONAS
CBHPM 4.03.03.06-3
AMB 28.03.008-7
Sinonímia:
Trichomonas vaginalis. Tricomoníase. Pesquisa de protozoários urogenitais.
Fisiologia:
Taxonomia: Super-reino Animalia, Reino
Eukaryotae, Sub-reino Protozoa, Sub-filo
Mastigophora, Sub-classe Parabasalidea, Ordem
Parabasalida/Ordem Trichomonadida, Família
Trichomonadidae, Gênero Trichomonas, Espécie
vaginalis.
Material Biológico:
Secreção cérvico-vaginal, endocervical, uretral.
Coleta:
Coletar o material em soro fisiológico e encaminhá-lo rapidamente ao laboratório.
Armazenamento:
Conservar em temperatura ambiente.
Exames Afins:
Bacterioscópico, Cultura, Pesquisa de fungos, Pesquisa de Gardnerella e Pesquisa de gonococos.
Valor Normal:
Ausentes
Preparo do Paciente:
Não usar cremes ou pomadas à base de
quimioterápicos por pelo menos 48 horas antes da
coleta.
Interferentes:
Uso de cremes ou pomadas à base de
quimioterápicos ou quimioterapia sistêmica.
Método:
Microscopia a fresco.
Interpretação:
Teste útil nas infecções endocervicais, cérvico-vaginais e uretrites causadas por tricomonas.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/ImageLibrary/Trichomoniasis_il.htm
http://www.cdfound.to.it/HTML/gen2.htm
TRICLOROCOMPOSTOS
ÁCIDO TRICLOROACÉTICO
CBHPM 4.03.13.28-0
AMB 28.15.025-2
Sinonímia:
Ácido tricloroacético: TCA.
Tetracloroetileno: Tetracloreto de etileno.
Percloroetileno. PCE. Perclene.
Tricloroetano: 1,1,1 Tricloroetano. TCE.
Tricloroetanol. Metilclorofórmio. Viniltricloreto.
Etanotricloreto. Clorotene.
Tricloroetileno: Tricloreto de etileno. Tricloroeteno.
1,1,3 Tricloroetileno. Triclene. Neutri.
Triclorocompostos totais.
Fisiologia:
Ácido tricloroacético:
Fórmula molecular = C2HCl3O2
Massa molecular = 163,3869 g/mol
Tetracloroetileno:
Fórmula molecular = C2Cl4
Massa molecular = 165,834 g/mol
Densidade = 1,62 g/cm³ (20ºC)
Tricloroetano:
Fórmula molecular = C2H3Cl3
Massa molecular = 133,4047 g/mol
Densidade = 1,34 g/cm³ (20ºC)
Tricloroetileno:
Fórmula molecular = C2HCl3O
Massa molecular = 131,3889 g/mol
Densidade = 1,46 g/cm³ (20ºC)
O tetracloroetileno, o tricloroetano e o tricloroetileno
são hidrocarbonetos alifáticos utilizados na indústria
têxtil e mecânica como solventes para acabamento
de tecidos ou desengraxamento e na indústria
química ocorrem como produtos intermediários de
síntese. São absorvidos diretamente pela pele normal
e/ou inalados.
O Tetracloroetileno é utilizado como desengraxante,
em sínteses químicas, no processamento de fibras
naturais ou sintéticas de tecidos, como agente de
limpeza a seco e extração e na síntese de
fluorocarbonos.
Material Biológico:
Urina.
Coleta:
Ácido tricloroacético ou tetracloroetileno
(percloroetileno):
Alíquota de 20 ml de urina de início de jornada de
trabalho do último dia da semana.
Tricloroetano e/ou tricloroetileno:
Alíquota de 20 ml de urina de final de jornada de
trabalho do último dia da semana.
Armazenamento:
Conserva-se até 5 dias refrigerado entre +2 a +8ºC
Valor Normal:
ÁCIDO TRICLOROACÉTICO: Tetracloroetileno, percloroetileno.
IBMP §
TRICLOROCOMPOSTOS TOTAIS: tricloroetano
IBMP §
Tricloroetileno
IBMP §
até 7,0 mg/l #
até 50 mg/g Creatinina
até 320 mg/g Creatinina
# Obs.: alguns serviços aceitam o limite como sendo até 7,0 mg/l, pois conforme um consenso havido em março de 1995, 3,5 mg/l seria um valor muito baixo.
Preparo do Paciente:
Não ingerir bebidas alcoólicas por pelo menos 48 horas antes da coleta.
Interferentes:
Bebidas alcoólicas diminuem os resultados.
Método:
Espectrofotometria.
Interpretação:
Este indicador biológico é capaz de indicar uma
exposição ambiental acima do Limite de Tolerância,
mas não possui, isoladamente, significado clínico ou
toxicológico próprio, ou seja, não indica doença, nem
está associado a um efeito ou disfunção de qualquer
sistema biológico.
(NR-7 - Portaria nº 24 de 29/12/94 - DOU de
30/12/94).
§ Índice Biológico Máximo Permitido
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TRIGLICÉRIDES
TRIACILGLICERÍDEOS
CBHPM 4.03.02.54-7
AMB 28.01.139-2
Sinonímia:
Triacilglicerídeos. Tracilgliceróis. Triglicerídeos.
Triglicerídios. Triglicídeos. Trioleato de glicerol.
Propanotrioleato. Quilomicrons.
Fisiologia:
Os triglicérides são os principais constituintes de
óleos vegetais e de gorduras animais.
São formados por glicerina ou glicerol (propanotriol)
com suas três hidroxilas esterificadas a ácidos
graxos.
Transforma-se em triglicérides todo o excesso de
ingestão, principalmente em carboidratos – gorduras,
amidos, açúcares e álcool – além da necessidade
calórica diária. Esses triglicérides, de um dia para o
outro, serão encontradiços no sangue durante o seu
transporte rumo aos tecidos adiposos (adipócitos),
podendo sua taxa apresentar variações de até
± 28 % em exames feitos com intervalo de poucas
horas. Da mesma maneira, em regimes hipocalóricos
de emagrecimento, pode haver um aumento
transitório paradoxal dos triglicérides séricos devido
ao “call-back” dos triglicérides teciduais rumo ao
fígado onde serão metabolizados.
As taxas diárias de triglicérides podem variar
conforme um ritmo circassemanal ligado à qualidade
e quantidade da ingesta alimentar nos fins de
semana versus os dias úteis. Em geral, os resultados
são mais elevados à tarde do que de manhã.
Óleo de Lorenzo: é uma mistura dos triglicérides
gliceril-trioleato e gliceril-trierucato. Age diminuindo a
concentração dos VLCFA (ácidos graxos de cadeia
muito longa) no organismo, reduzindo a
desmielinização e a progressão clínica da
adrenoleucodistrofia (ALD) e da
adrenomieloneuropatia (AMN).
Material Biológico:
Soro ou plasma heparinizado.
Coleta:
1,0 ml de soro ou de plasma heparinizado.
O paciente deve estar sentado por ao menos 5 min
antes da coleta. O garroteamento do braço não deve
ultrapassar de 1 min
Armazenamento:
Centrifugar o sangue e separar o soro ou plasma, no
máximo, até 3 horas após a coleta. Refrigerar a
amostra entre +2 a +8ºC para até 3 dias.
Para períodos de até 7 semanas, congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Glicemia, Colesterol, Lipidograma, Ácidos graxos livres.
Valor Normal:
ADULTOS A PARTIR DE 20 ANOS
Ótimo
Limítrofe
Alto
Muito alto
IDADE DE 10 A 19 ANOS
Desejável
Aumentado
IDADE DE 2 A 9 ANOS
Desejável
Aumentado
inferior a 150 mg/dl
150 a 200 mg/dl
201 a 499 mg/dl
superior a 499 mg/dl
igual ou inferior a 130,0 mg/dl
superior a 130,0 mg/dl
igual ou inferior a 100,0 mg/dl
superior a 100,0 mg/dl
Critério das III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias e Diretriz de prevenção de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Publicado em Arquivos Brasileiros de Cardiologia, vol. 77, supl. III, Novembro 2001.
Concepção antiga
0 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 59 anos
60 ou mais
20 a 150 mg/dl
20 a 160 mg/dl
20 a 170 mg/dl
20 a 200 mg/dl
30 a 200 mg/dl
* Para obter valores em mmol/l, multiplicar os mg/dl por 0,01129
Preparo do Paciente:
Jejum de 12 a 14 horas. Água ad libitum.
O paciente deve estar com dieta habitual e peso
corporal estável nas duas semanas precedentes à
coleta. Uma diminuição de peso, paradoxalmente,
pode aumentar a trigliceridemia.
Não deve realizar exercícios físicos vigorosos nas 24
horas que a antecedem e deve evitar ingestão de
bebidas alcoólicas 3 dias antes.
Se for fumante, não modificar o hábito.
Interferentes:
MEDICAMENTOS.
Aumento: ácido acetilsalicílico, amiodarona,
asparaginase, atenolol, betabloqueadores, bisoprolol,
ciclofenila, ciclosporina A, clortalidona, colestiramina,
contraceptivos orais, corticosteróides, danazol,
desogestrel, diazepam, didanosina, diuréticos,
estradiol 17-ß, estrogênios, furosemida,
glicocorticóides, hidroclorotiazida, indapamida,
isotretionina, itraconazol, levonorgestrel, levotiroxina,
medroxiprogesterona, mestranol, metildopa,
metoprolol, miconazol, nadolol, nitrendipina, pindolol,
piretanida, propranolol, sotalol, espironolactona,
tamoxifeno, tiazidas, warfarina.
Diminuição: ácido ascórbico, ácido nicotínico,
acipimox, anabolizantes esteróides, bezafibrato,
captopril, carnitina, carvedinol, cetoconazol, cilazapril,
ciprofibrato, clofibrato, dextrotiroxina, diltiazem,
doxazosina, enalapril, genfibrozila, glucagon,
hidrocloroquina, insulina, levocarnitina, lovastatina,
metformina, neomicina, niacina, nifedipina,
nisoldipino, noretindrona, oximetolona, pentoxifilina,
pravastatina, prazosina, prednisolona, probucol,
psillium, sinvastatina, terazosina, verapamil.
Método:
Lipase + glicerol-desidrogenase (GDH)-UV-Automatizado.
Interpretação:
AUMENTO: hipotireoidismo, diabetes mellitus,
S. nefrótica, alcoolismo crônico (esteatose hepática),
obstrução do trato biliar, estresse, deficiência familiar
de lipase lipoprotéica, gota, disbetalipoproteinemia
familiar, hiperlipidemia familiar combinada,
obesidade, hepatite viral, cirrose, pancreatite,
insuficiência renal crônica, gravidez, distúrbios de
depósito de glicogênio tipos I, III e IV, anorexia
nervosa, excessos dietéticos, fase inicial de
emagrecimento por regime de restrição calórica.
DIMINUIÇÃO: D. de Tangier (deficiência de alfa-lipoproteínas), hipo e abetalipoproteinemia, má
nutrição, má absorção, hepatopatia parenquimatosa,
hipertireoidismo, linfangiectasia intestinal, dietasem
gorduras.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.rpi.edu/dept/bcbp/molbiochem/MBWeb/mb2/part1/lipoprot.htm
http://www.scientificpsychic.com/fitness/fattyacids.html
http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2001/77Supl-III/Dislipidemia.pdf
TRIGLICÉRIDES, ABSORÇÃO DE
GORDURA, ABSORÇÃO DE
CBHPM 4.03.02.54-7
AMB 28.01.139-2
Sinonímia:
Teste de absorção de margarina. Teste de absorção de gordura.
Material Biológico:
Soro (3 amostras).
Coleta:
0,5 ml de soro para cada tempo da prova. Coletar a
primeira amostra antes da ingestão de margarina
(amostra basal ou jejum), depois cronometrar e
coletar as demais amostras após 2 e 4 horas,
identificando os tempos nos respectivos tubos.
Total: 3 tubos.
Armazenamento:
Se as dosagens não forem efetuadas no mesmo dia,
congelar as amostras a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Absorção da D-xilose. Absorção da lactose. Pesquisa de gorduras fecais.
Valor Normal:
Normal
Má absorção
elevação de, pelo menos, 50 % na trigliceridemia em relação ao tempo basal
elevação inferior a 50 %
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 horas para crianças e de 8 horas para
adultos. Administrar 2 g de margarina comum/kg de
peso corporal. Pode ser ingerida com até quatro
torradas. Não serve margarina cremosa ou “light”:
precisa ser a clássica em tabletes.
Método:
Lipase + glicerol-desidratase (GDH)-UV-Automatizado.
Interpretação:
Resultados anormais são encontrados quando existe má absorção ou má digestão de gorduras.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TROPONINA I
CBHPM 4.03.02.57-1
AMB 28.01.178-3/99
Sinonímia:
TPI. Troponina cardíaca I. cTnI.
Fisiologia:
A troponina é uma molécula que liga os finos
filamentos de actina aos grossos filamentos de
miosina, regulando, sob mediação do cálcio
intracelular, a contração muscular.
O complexo troponina é constituído de 3
subunidades:
Troponina T, que conecta o complexo troponina à
tropomiosina do filamento fino,
Troponina I, que previne, inibindo, a contração
muscular na ausência de cálcio e
Troponina C, que liga e transporta o próprio cálcio.
Estas proteínas reguladoras são encontradas apenas
nas fibras dos músculos esqueléticos e cardíacos, e
específicos para "células adultas" da musculatura
estriada.
As três subunidades cardíacas não atuam como ponte
reguladora na musculatura esquelética, o que torna
os testes bioquímicos específicos para o diagnóstico
das lesões do músculo cardíaco. No entanto, a
especificidade da Troponina T não é 100 % pois os
níveis sangüíneos de Troponina T podem aumentar
em pacientes com necrose muscular severa e
pacientes com falha renal crônica, o que não ocorre
com a Troponina I, que é uma proteína específica do
músculo cardíaco e apresenta especificidade de
100 %.
A Troponina T é detectada no sangue entre 2 a 5
horas após o início da dor torácica, atinge seu pico ao
redor de 24 horas e retorna ao normal após 12 a 14
dias.
Já a Troponina I apresenta menor sensibilidade,
sendo detectada no sangue entre 4 e 6 horas após o
início da dor, atinge seu pico em torno de 12 horase
retorna ao normal após 4 a 10 dias.
A Troponina I se apresenta como um marcador de
escolha para diagnóstico de infarto agudo do
miocárdio, podendo ser complementado com um
marcador de positividade precoce como
CK-MB-massa ou mioglobina.
A Troponina I tem massa molecular de 22,5 kDa.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro sem fibrina.
Testes seqüenciais precisam ser coletados da mesma
maneira.
Atenção: centrifugar a amostra de sangue antes da
formação e retração completa do coágulo pode
resultar na presença de fibrina. Assegurar-se, pois,
da formação e retração completa do coágulo antes
de centrifugar. Certas amostras de pacientes sob
terapia anticoagulante podem precisar de um tempo
maior para coagular.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC para até 5 dias.
Congelar a -20ºC para até 1 mês.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
CK total. CK-MB. Mioglobina. Troponina T. ECG.
Ligação Cobalto-albumina (ACB Test).
Valor Normal:
Soro: até 1,0 ng/ml
Preparo do Paciente:
Não há.
Interferentes:
Fibrina. Anticorpos heterofílicos.
Método:
Quimioluminescência.
Substrato: adamantildioxetanofosfato.
Interpretação:
A TPI cardíaca é detectada no sangue entre 4 e 6
horas após o início da dor, atinge seu pico em torno
de 12 horas e retorna ao normal após 4 a 10 dias.
POSITIVO: infarto do miocárdio, angina instável,
miocardite, contusão cardíaca.
A Troponina I, entre todos os marcadores de
isquemia miocárdica, apresenta os melhores valores
preditivos. 94 % dos pacientes com o teste positivo
apresentam isquemia miocárdica e 100 % dos
pacientes com o teste negativo não apresentam
isquemia.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TROPONINA T
CBHPM 4.03.02.57-1
AMB 28.01.178-3/99
Sinonímia:
TPT. TnT. Troponina cardíaca T. cTnT.
Fisiologia:
A troponina é uma molécula que liga os finos
filamentos de actina aos grossos filamentos de
miosina, regulando, sob mediação do cálcio
intracelular, a contração muscular.
O complexo troponina é constituído de 3
subunidades:
Troponina T, que conecta o complexo troponina à
tropomiosina do filamento fino,
Troponina I, que previne, inibindo, a contração
muscular na ausência de cálcio e
Troponina C, que liga e transporta o próprio cálcio.
Estas proteínas reguladoras são encontradas apenas
nas fibras dos músculos esqueléticos e cardíacos, e
específicos para "células adultas" da musculatura
estriada.
As três subunidades cardíacas não atuam como ponte
reguladora na musculatura esquelética, o que torna
os testes bioquímicos específicos para o diagnóstico
das lesões do músculo cardíaco. No entanto, a
especificidade da Troponina T não é 100 % pois os
níveis sangüíneos de Troponina T podem aumentar
em pacientes com necrose muscular severa e
pacientes com falha renal crônica, o que não ocorre
com a Troponina I, que é uma proteína específica do
músculo cardíaco e apresenta especificidade de
100 %.
A Troponina T é detectada no sangue entre 2 a 5
horas após o início da dor torácica, atinge seu pico ao
redor de 24 horas e retorna ao normal após 12 a 14
dias.
Já a Troponina I apresenta menor sensibilidade,
sendo detectada no sangue entre 4 e 6 horas após o
início da dor, atinge seu pico em torno de 12 horase
retorna ao normal após 4 a 10 dias.
A Troponina I se apresenta como um marcador de
escolha para diagnóstico de infarto agudo do
miocárdio, podendo ser complementado com um
marcador de positividade precoce como
CK-MB-massa ou mioglobina.
Material Biológico:
Sangue venoso total para Imunocromatografia.
Soro para Eletroquimioluminescência.
Coleta:
1,0 ml de sangue venoso total coletado com EDTA ou
com heparina. Geralmente o sangue coletado para
Hemograma serve também para este teste ou 1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Sangue total: conservar até 8 horas à temperatura
ambiente. Não refrigerar nem congelar o sangue.
Soro: congelar a -20ºC.
Exames Afins:
CK total. CK-MB. Mioglobina. Troponina I. ECG.
Ligação Cobalto-albumina (ACB Test).
Valor Normal:
Resultado
Negativo
Positivo
Troponina T
inferior a 0,1 ng/ml
igual ou superior a 0,1 ng/ml
Preparo do Paciente:
Não há.
Interferentes:
É inadequado o teste feito em soro, plasma não
especificado ou sangue capilar. Não utilizar tubos
contendo citrato ou gel separador.
Método:
Imunocromatografia qualitativa. (Sangue total)
Eletroquimioluminescência. (Soro)
Interpretação:
A TPT cardíaca é detectada no sangue entre 2 a 5
horas após o início da dor torácica, atinge seu pico ao
redor de 24 horas e retorna ao normal após 12 a 14
dias. POSITIVO: infarto do miocárdio, angina instável,
miocardite, contusão cardíaca.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TSH ESTIMULADO POR TRH
CBHPM 4.03.05.57-0
AMB 28.05.049-5
Sinonímia:
Teste de estímulo do TSH após TRH.
TRH = tireoliberina, hormônio liberador de TSH,
hormônio estimulador da tireotrofina. HuTRH =
Human Thyrotropin Releasing Hormone. Protirelina.
Fisiologia:
O TSH é um hormônio glicoprotéico produzido pelas
células tireotrópicas da hipófise anterior.
Massa molecular = 28 kDa.
Meia-vida (t½) plasmática = 50 a 80 min
Sua secreção sofre um ritmo nictemeral com pico
máximo à noite.
Sua produção é inibida por retroalimentação negativa
pelos níveis de T3 e T4 e é estimulada pelo
hipotálamo por meio do TRH (Thyrotropin Releasing
Hormone).
O TRH, HuTRH ou Protirelina é a 5-oxo-L-propil-L-histidil-L-prolina amida.
Fórmula molecular = C16H22N6O4
Massa molecular = 362,39 g/mol
Material Biológico:
Soro, 5 amostras cronometradas com os tempos identificados.
Coleta:
1,0 ml de soro para cada tempo da curva.
Armazenamento:
Identificar corretamente os tempos e refrigerar as amostras entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
T3, T4, T4L, TSH.
Valor Normal:
Basal
Pico do TSH
0,34 a 4,82 µU/ml
20,00 a 40,00 µU/ml
A resposta é normal se o TSH apresentar um aumento de 10,0 µU/ml
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Cateterizar veia do paciente. Coletar amostra basal
(tempo zero). Até 20 kg, administrar TRH por via EV
na dose de 10 µg/kg de peso corporal; a partir de 20
kg e até 1,73 m² de superfície corporal, administrar
200 µg; acima de 1,73 m² de superfície corporal,
administrar 200 µg/1,73 m². Cronometrar. Coletar,
depois, amostras nos tempos 30, 60, 90 e 120 min
ou conforme determinação médica.
Fazer esta prova na presença de médico.
EFEITOS COLATERAIS: calor perineal, gosto amargo,
náuseas, tonturas.
Cálculo da superfície corporal.
Aplicar a fórmula:
onde: SCorp = Superfície corporal em m² P = peso do paciente em kg A = altura do paciente em cm
Interferentes:
TRH administrado incorretamente.
Tempos rotulados incorretamente.
Método:
Fluorimetria.
Interpretação:
O teste do TRH é útil na avaliação da reserva
hipofisária de TSH e no diagnóstico de casos iniciais
ou limítrofes de hipertireoidismo.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
TSH - HORMÔNIO TIREO-ESTIMULANTE
HORMÔNIO TIREO-ESTIMULANTE
CBHPM 4.07.12.52-4
AMB 28.05.070-3
Sinonímia:
TSH. Thyroid-Stimulating Hormone. Hormônio tireo-
estimulante. Hormônio estimulador da tireóide.
Tireoestimulina. Hormônio tireotrófico. Tireotrofina.
Tireotropina. Hormônio tireotrópico. TSH ultra-
sensível.
Fisiologia:
O TSH é um hormônio glicoprotéico produzido pelas
células basófilas tireotrópicas (ou tireotróficas) da
hipófise anterior. É um dímero formado por duas
subunidades glicosiladas unidas por ligações não-covalentes: a subunidade alfa, cuja estrutura é
idêntica à dos outros hormônios glicoprotéicos (FSH,
LH, ß-HCG) para uma dada espécie animal e a
subunidade beta que confere ao TSH a sua
especificidade biológica e imunológica.
Massa molecular = 28 kDa
Meia-vida (t½) plasmática = 50 a 80 min
CRONOBIOLOGIA:
Sua secreção sofre um ritmo nictemeral (circadiano)
com pico máximo durante a primeira metade do
período de sono e mínimo 5 horas antes de
adormecer. Varia de -40 a +50 % ao redor de uma
média no mesmo indivíduo, podendo reduzir-se
quase à metade ou aumentar quase ao dobro NO
MESMO DIA.
Sua produção é inibida por retroalimentação negativa
pelos níveis de T3 e T4 e é estimulada pelo
hipotálamo por meio do TRH (Thyrotropin Releasing
Hormone).
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1,0 ml de soro.
Armazenamento:
Congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
T3, T4, T4 Livre, Teste com TRH para TSH.
Valor Normal:
21 anos ou mais (± 3 s)
Hipotireoidismo moderado a severo
Hipotireoidismo leve
Eutireoidismo ou suspeito de Hipotireoidismo
Eutireoidismo
“Zona cinza” para excesso de hormônios tireóideos
Hipertireoidismo ou problema hipofisário
Outros (± 2 s)
Recém-nascido
até 1 mês
2 a 11 meses
1 a 20 anos
99,73 % da população
superior a 20,000 µU/ml
6,041 a 20,000 µU/ml
2,100 a 6,040 µU/ml
0,350 a 2,099 µU/ml
0,100 a 0,349 µU/ml
inferior a 0,100 µU/ml
1,000 a 39,000 µU/ml
1,700 a 9,100 µU/ml
0,800 a 8,200 µU/ml
0,700 a 5,700 µU/ml
Obs.: Os valores são apresentados com três casas
decimais devido à alta sensibilidade analítica.
Sensibilidade analítica = 0,004 µU/ml * µU/ml = µIU/ml = µUI/ml = mU/l = mIU/l = mUI/l ** 1 Unidade Internacional (U, UI ou IU) corresponde a 13,5 mg do TSH padrão internacional
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Elevam o TSH: amiodarona, iodo, lítio, prednisona,
sulfoniluréias: clorpropamida, glimepirida, glipizida,
gliclazida; antagonistas da dopamina:
metoclopramida, fenotiazinas, butirofenonas.
Diminuem o TSH: salicilatos, dopamina, L-dopa,
fenitoína, T3, T4, diversos glicocorticóides, danazol,
somatostatina.
Método:
Eletroquimioluminescência.
Obs.: ensaios imunocompetitivos para glicoproteínas
humanas não funcionam para as correspondentes
glicoproteínas veterinárias.
Interpretação:
TSH baixo com hormônios tireoidianos normais ou
altos: pensar em hipertireoidismo subclínico, bócio
eutireóideo de depressão endógena, gravidez
incipiente, estresse e pacientes hospitalizados.
TSH baixo com hormônios tireoidianos baixos: pensar
em hipotireoidismo secundário hipotalâmico-hipofisário, S. de Sheehan, tumores, granulomas,
cirurgia, irradiação.
TSH elevado com hormônios tireoidianos normais ou
baixos: pensar em baixa reserva tireoidiana, tireoidite
de Hashimoto, tireoidite fibrosa invasiva (Riedel),
cirurgia e/ou irradiação da tireóide, hipotireoidismo
secundário por presença de TSH anômalo não-funcional, hipotireoidismo subclínico ou em fase de
compensação.
AUMENTO: hipotireoidismo primário, reserva
tireoidiana diminuída, hipertireoidismo TSH-dependente, resistência a hormônios tireóideos.
DIMINUIÇÃO: hipertireoidismo, tireotoxicose por
T3, hipotireoidismo secundário, tireotoxicose factícia
(iatrogênica) por T3 ou T4, tireotoxicose + doença
sistêmica, D. de Graves, secreção autônoma de
hormônios tireóideos, deficiência de TSH.
Obs.:exames seqüenciais precisam ser coletados
nas condições mais semelhantes possíveis. Por
exemplo, no mesmo dia da semana, à mesma hora,
após mesmo número de horas dormidas, na mesma
fase do ciclo menstrual e, se for o caso, à mesma
distância temporal da última tomada de
medicamentos. Alterações de doses de hormônios
tireóideos (T3 e/ou T4) administrados implicam
alterações do TSH.
Ao comparar variações de resultados seqüenciais de
TSH e de T3 e/ou T4, livres ou não, num mesmo
paciente sob terapêutica, lembrar que os T3 e T4
variam em proporções linearesenquanto que o TSH
varia em proporções logarítmicas, assim,
relativamente pequenas variações de T3 e/ou de T4
podem corresponder a grandes variações no TSH!
Além disso, é recomendável fazer os controles
sempre no mesmo laboratório utilizando a mesma
metodologia ou kit a fim de minimizar interferências
exógenas.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.medscape.com/viewarticle/524956_1
TSH NEONATAL
TSH NEO
CBHPM 4.07.12.52-4
AMB 28.05.070-3
Sinonímia:
Tireotropina neonatal. Hormônio tireo-estimulante.
Fisiologia:
O TSH é um hormônio glicoprotéico produzido pelas
células tireotrópicas da hipófise anterior.
Massa molecular = 28 kDa.
Meia-vida (t½) plasmática = 50 a 80 min
Sua secreção sofre um ritmo nictemeral com pico
máximo à noite.
Sua produção é inibida por retroalimentação negativa
pelos níveis de T3 e T4 e é estimulada pelo
hipotálamo por meio do TRH (Thyrotropin Releasing
Hormone).
Material Biológico:
Papel de filtro (teste do pezinho).
Coleta:
Gotas de sangue total em papel de filtro. Não
sobrepor as gotas de sangue uma em cima da outra,
mas sim, uma ao lado da outra.
Coletar as amostras com mais de 2 a 6 dias de vida.
Armazenamento:
Até 72 horas à temperatura ambiente. Para prazos
maiores, até 60 dias, congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
T4 Neonatal. T4. TSH.
Valor Normal:
Papel de filtro (pezinho)
Normal até 7 dias
Normal após 7 dias
"Borderline"
Hipotireoidismo
< 15,0 µU/ml
< 10,0 µU/ml
10,1 a 20,0 µU/ml
> 20,0 µU/ml
* µU/ml = µIU/ml = mU/l = mIU/l
Para obter a dosagem equivalente em soro a partir da dosagem em papel de filtro para qualquer hematócrito, aplicar a equação:
onde: TSHs = TSH sérico em µU/ml TSHp = TSH papel em µU/ml Htc = Hematócrito (do dia da coleta do teste do pezinho)
Preparo do Paciente:
Jejum não necessário. Após assepsia local com álcool
70ºGL, secar e proceder à punção do calcanhar com
lanceta estéril, não penetrando mais de 2 mm.
Limpar a primeira gota com algodão seco e depois
coletar as demais gotas diretamente no papel de
filtro. Deixar secar a amostra de pé, ao ar livre,
durante ao menos 3 horas à temperatura ambiente e
ao abrigo da luz.
Obs.: no caso de uma veia ter sido puncionada, gotas
de sangue podem ser aplicadas diretamente da
seringa no papel de filtro, não havendo necessidade
de puncionar o calcanhar.
Interferentes:
Sangue coletado com EDTA não é aceitável.
Círculos não preenchidos uniformemente com
sangue.
Método:
Fluorimetria com 152Eu.
Interpretação:
Endocrinopatia causada por deficiência de tiroxina
(T4) e de triiodotironina (T3) com freqüência de 1
caso para cada 4.000 nascimentos.
CAUSAS: Disgenesia da tireóide: atireose, hipoplasia
ou ectopia. Dishormogênese familiar. Hipotireoidismo
tipo central: deficiência hipotalâmica/pituitária de
TSH, TSH anormal. Hipotireoidismo congênito
"transitório": anticorpos bloqueadores de receptores
de TSH, tratamento materno de hipertireoidismo,
hipotiroxinemia transitória, hipertireotropinemia
transitória. S. de resistência aos hormônios
tireoidianos.
QUADRO CLÍNICO: pós-maturidade (>42 semanas),
peso >4 kg, hipotermia, pele fria, edema periférico,
distensão abdominal, fontanela com diâmetro >5 cm,
má alimentação, icterícia do recém-nascido
prolongada (>3 dias).
Macroglossia, cianose, dispnéia, letargia, atividade
diminuída, constipação, hérnia umbilical, hipotonia,
pele seca e amarelada, rouquidão, mixedema.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com